O retrato da mulher na agricultura familiar baiana
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v35i1.15450Palavras-chave:
Agricultura Familiar. Bahia. Mulher Rural. Empoderamento.Resumo
Este artigo propõe analisar as características da mulher na agricultura familiar baiana, considerando as variáveis de gênero, raça, escolaridade e políticas públicas a partir dos dados do Censo Agropecuário de 2017. Metodologicamente, a coleta e análise dos dados foi realizada a partir do Sidra e do IBGE dentro da política do Pronaf B. Os resultados indicam um aumento significativo na participação de mulheres que assumem a direção dos estabelecimentos agropecuários, traduzindo seu empoderamento nas tomadas de decisões. De um total de 528.755 agricultores familiares do grupo Pronaf B na Bahia, cerca de 159.860 dos estabelecimentos é administrado por mulheres, dessas, 141.880 se enquadram como proprietária (com ou sem documentação). Dessa forma, conclui-se que as mulheres dirigentes de estabelecimentos agrários carecem de políticas públicas que reconheçam sua importância para garantia da segurança alimentar, enfraquecimento do êxodo rural e geração de riquezas no campo.
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