O cantar e tocar no método Yura-Ritmo: a experiência do bem-estar de pessoas idosas participantes do projeto USP 60+
SINGING AND PLAYING IN THE YURA-RITMO METHOD: THE EXPERIENCE OF THE WELL-BEING OF ELDERLY PEOPLE PARTICIPATING IN THE USP 60+ PROJECT
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v36i2.19481Palavras-chave:
Envelhecimento, Bem-estar, Yura-Ritmo, FenomenologiaResumo
O estudo aborda o impacto do Método Yura-Ritmo, uma abordagem inovadora que combina exercícios, canto, tocar instrumentos e relaxamento musical na promoção do bem-estar de idosos. Focado na população idosa e utilizando a perspectiva fenomenológica e social de Alfred Schütz, a pesquisa qualitativa foi realizada com 43 participantes na EACH-USP 60+, utilizando entrevistas semiestruturadas para coletar dados sobre motivações e experiências. A análise de conteúdo temático revela que os participantes são motivados por interesses, expectativas e necessidades pessoais, e que o encontro semanal possui um significado profundo em suas vidas, promovendo melhorias na saúde física, mental, social e no desenvolvimento pessoal. O estudo conclui que o Método Yura-Ritmo contribui significativamente para a qualidade de vida na terceira idade, destacando a educação musical como uma ferramenta poderosa para promover o bem-estar, prevenir doenças crônicas, melhorar a capacidade funcional e fomentar o envelhecimento ativo e saudável.
Downloads
Referências
ARNOLD, Sharon B. Medição da qualidade de vida em idosos frágeis. O conceito e a medição da qualidade de vida em idosos frágeis , p. 50-73, 1991.
AZAMBUJA, Thais de. Expressão e criatividade na terceira idade. IN: Terceira Idade. Um, 1995.
BERZON, RA et al. Bibliografia e índices de qualidade de vida: atualização de 1994. Quality of Life Research , v. 4, p. 547-569, 1995.
BOWLES, Chelcy Lynn. Uma avaliação de interesses auto expressos de educação musical e experiências musicais por públicos adultos de música: Implicações para a educação musical . The University of Texas at Austin, 1988.
BURLEY, John Mahin. Um estudo de viabilidade de instrução estruturada em música instrumental para o iniciante adulto . Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, 1979.
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 510, de 07 de abril de 2016. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, Diário Oficial da União, 24 de abril de 2016. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia//asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/22917581. Acesso em: 20 mar. 2020.
CACHIONI, Meire; NERI, Anita Liberalesso. Educação e velhice bem-sucedida no contexto das universidades da terceira idade. In: Velhice bem-sucedida: aspectos afetivos e cognitivos. 2004. p. 29-49.
CACHIONI, Meire. Universidades Abertas à Terceira Idade como contextos de convivência e aprendizagem: possíveis implicações para o bem-estar subjetivo e o bem-estar psicológico. Revista Kairós-Gerontologia, v. 15, p. 23-32, 2012.
CAI, S. Does social participation improve cognitive abilities of the elderly. Journal of Population Economics, 2021. DOI: 10.1007/S00148-020-00817-Y.
CHIARELLI, Lígia Karina Meneghetti; BARRETO, Sidirley de Jesus. A importância da musicalização na educação infantil e no ensino fundamental: A música como meio de desenvolver a integração do ser. Recreart, Santiago de Compostela, jun. 2005. Disponível em: <http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte03/musicoterapia.htm>. Acesso em: 07 ago. 2011.
CHOKSY, Lois. The Kodály Method I: Comprehensive Music Education. Prentice Hall, 1999.
COHEN, Gene. D., PERLSTEIN, Susan., CHAPLINE, Jeff, KELLY, Jeanne, FIRTH, Kimberly. M., & SIMMENS, Samuel. The impact of professionally conducted cultural programs on the physical health, mental health, and social functioning of older adults. The Gerontologist, 46(6), 726-734, 2006. https://doi.org/10.1093/geront/46.6.726.
CUDDY, Lola L.; SIKKA, Ritu; VANSTONE, Ashley. Preservation of musical memory and engagement in healthy aging and Alzheimer's disease. Annals of the New York Academy of Sciences, v. 1337, n. 1, p. 223-231, 2015.
Da FONSECA, Karyne Cristine et al. Credibilidade e efeitos da música como modalidade terapêutica em saúde. Revista eletrônica de Enfermagem, v. 8, n. 3, 2006. DOI: https://doi.org/10.5216/ree.v8i3.7078.
DE CASTRO, Fábio Fonseca. A sociologia fenomenológica de Alfred Schutz. Ciências Sociais Unisinos, v. 48, n. 1, p. 52-60, 2012.
DODGE, Hiroko, WU, Chao-Yi, YU, Kexin, LICHTENBERG, Peter, STRUBLE, Laura, POTEMPA, Kathleen, Silbert, Lisa. I-conect results: enhancing social interactions improves cognitive function in socially isolated participants. Innovation in Aging, 2022. DOI: 10.1093/geroni/igac059.1585.
ELIOPOULOS, Charlotte. et al. Enfermagem Gerontológica. 7th ed. Porto Alegre: Artmed; p. 568, 2010.
FINDLAY, Elsa. Rhythm and Movement: Applications of Dalcroze Eurhythmics. Princeton Book Company, 1992.
GOODKIN, Doug. Play, sing, & dance: An introduction to Orff Schulwerk. Schott Music: 2002.
GORDON, Edwin. A music learning theory for newborn and young children. Gia Publications, 2003.
GOULART, Diana, COOPER, Malu. Por todo Canto. Vitta Books & Music, 2019. ISBN 6580719001,9786580719006.
HAN, Sae Hwang, NG, Yee To, TUCKER, Julia. Social interaction with friends and cognitive function: benefits of spending time together and giving a helping hand. Innovation in Aging. Volume 6, Issue Supplement_1, Page 15, November 2022.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil: 2000. Rio de Janeiro; 2002. Acesso em: 04 de julho de 2024.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Dados do Censo do IBGE de 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/busca.html?searchword=numeros+de+idosos Acesso em: 27 junho 2024.
JUNTUNEN, Marja-Leena. The practical applications of Dalcroze Eurhythmics. Nordic Research in Music Education Yearbook, Vol. 6, 75-92. 2002.
JESUS, Maria Cristina Pinto de; CAPALBO, Creusa, A fenomenologia social de Alfred Schütz e sua contribuição para a enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2013, v. 47, n. 3 [Acessado 03 julho 2024], pp. 736-741. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0080-623420130000300030>. ISSN 1980-220x. https://doi.org/ 10.1590/S0080-623420130000300030.
LEHMBERG, Lisa J.; FUNG, C. Victor. Benefícios da participação musical para idosos: Uma revisão da literatura. Music Education Research International , v. 4, n. 1, p. 19-30, 2010.
MCCULLOUGH, Ellen Christine. An assessment of the musical needs and preferences of individuals 65 and over. University of Arizona, Tucson, 1981.
MED, Bohumil. Teoria da música. 1996. MUSIMED. ISBN 85-8588-602-1.
MERZENICH, Michael M, VAN VLEET, Thomas M, NAHUM, Mor. Brain plasticity-based therapeutics. Front Hum Neurosci. 2014 Jun 27;8:385. doi: 10.3389/fnhum.2014.00385. PMID: 25018719; PMCID: PMC4072971.
MEUSER, Thomas M. Measuring music engagement in older adults: the UNE music in aging wellness scale (MAWS). Aging & Mental Health, v. 27, n. 10, p. 1887-1894, 2023.
MYERS, David E. Lifelong learning: An emerging research agenda for music education. Research studies in music education, v. 4, n. 1, p. 21-27, 1995.
NAGAI, Paula Akemi, CHUBACI, Rosa Yuka Sato & NERI, Anita Liberalesso. Idosos diabéticos: as motivações para o autocuidado. Revista Temática Kairós Gerontologia,15(6), Dezembro, 2012. “Vulnerabilidade/Envelhecimento e Velhice: Aspectos Biopsicossociais”, pp. 07-434. Online ISSN 2176-901X. Print ISSN 1516-2567. São Paulo (SP), Brasil: FACHS/NEPE/PEPGG/PUC-SP.
OGIDO, A.M. (2023) Modelo “Yura Ritmo” de Atividades com Música para a Promoção de Saúde da População Idosa. 93p. Dissertação (Mestrado em Ciências). Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo.
OLIVEIRA, Marilise Fátima et al. Musicoterapia como ferramenta terapêutica no setor da saúde: Uma revisão sistemática. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v.12, n. 2, p.871-878, 2014.Disponível em: <http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/1739/pdf_265>.Acesso em 03 de julho, 2024.
PARK, Denise C, Reuter-Lorenz, Patricia. The adaptive brain: aging and neurocognitive scaffolding. Annu Rev Psychol. 2009;60:173-96. doi: 10.1146/annurev.psych.59.103006.093656. PMID: 19035823; PMCID: PMC3359129.
RAGLIO, Alfredo et al. Global music approach to persons with dementia: evidence and practice. Clinical Interventions in Aging, v. 9, n.1, p. 1669-1676, 2014.
SCHÜTZ, Alfred. Reflexões sobre o problema da relevância. Westport, Conn.: Greenwood Press. Editado por Richard M. Zaner, 1970.
SCHÜTZ, A., & LUCKMANN, Thomas. The Structures of the Life-World. Evanston: Northwestern University Press, 1973.
SCHÜTZ, Alfred. Fenomenologia Del mundo social. Buenos Aires: Paidos, 1974.
SCHÜTZ, Alfred. El problema de la realidad social. Buenos Aires: Amorrortu; 2008. Disponível em: https://www.academia.edu/42941493/Schutz_A_1974_1962_El_problema_de_la_realidad_social_Escritos_I. Acesso em: 07/04/2024.
SCHNECK, Daniel J., BERGER Dorita S. The Music Effect: Music Physiology and Clinical Application. Jessica Kingsley Publishers, London, and Philadelphia, 2006.
SOUZA, Sônia Leal de. Educação musical com idosos. Textos Envelhecimento [online], 8(3): 411-427, 2005.
TESTA, Marcia A., SIMONSON, Donald. C. Assessment of quality-of-life outcomes. The New England Journal of Medicine, 334 (13), 835-840, 1996.
VIOLA, Erica, MARTORANA, Marco, AIROLDI, Chiara, MEINI, Cristina, CERIOTTI, Daniele,
VITO, Marta de, M. AMBROSI, Damiano de, FAGGIANO, Fabrizio. The role of music in promoting health and wellbeing: a systematic review and meta-analysis. European Journal of Public Health, v. 33, n. 4, p. 738-745, 2023. DOI: 10.1093/eurpub/ckad063.
YURA RHYTHM. Japão. 2020. Disponível em: https://www.yura-ongaku.com/. Acesso em: 30 junho de 2024.
YURA RHYTHM CORPORATION/EACH-USP, JICA. Manual do Instrutor: Modelo Yura de atividades com música para a promoção da saúde para pessoas idosas na cidade de São Paulo. Cooperação Técnica para Projetos Comunitários da JICA Modalidade local, Julho, 2022
WEBER, Daniela. Social engagement to prevent cognitive ageing? Age and Ageing, Volume 45, Issue 4, July 2016, Pages 441–442, https://doi.org/10.1093/ageing/afw083
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Envelhecimento ativo: uma política de saúde / World Health Organization; tradução Suzana Gontijo. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.
ZHAOYANG, Ruixue, SCOTT, Stacey B., MARTIRE, Lynn M., SLIWINSKI, Martin J. Daily social interactions related to daily performance on mobile cognitive tests among older adults. PLoS One. 2021 Aug 26;16(8):e0256583. doi: 10.1371/journal.pone.0256583. PMID: 34437609; PMCID: PMC8389411.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Oikos: Família e Sociedade em Debate

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Oikos: Família e Sociedade em Debate. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Para a disponibilização e utilização dos artigos em acesso aberto, o periódico adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International Public License: CC BY 4.0. Isso significa que outras pessoas podem compartilhar - copiar ou distribuir o material em qualquer mídia ou formato; adaptar - remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, desde que atribuído o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações" (CC BY 4.0).
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Quanto às questões de plágio, a Oikos utiliza o software de verificação de similaridade de conteúdo – política de plágio (CopySpider) nos artigos submetidos ao periódico.
Ao submeter o artigo, o autor se compromete que os dados relatados no artigo não são resultados de má conduta ética, tais como: dados produzidos, uso indevido de imagens, falsificação, plágio, autoplágio ou duplicidade. O autor declara que nada no artigo infringe qualquer direito autoral ou de propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, ele poderá responder integralmente por qualquer dano causado a terceiros, em todas as esferas administrativas e jurídicas cabíveis, nos estritos termos da Lei nº 9.610/98