ESTIMAÇÃO NÃO DESTRUTIVA DO CONTEÚDO DE CLOROFILA FOLIAR EM MARACUJÁ AMARELO

Resumo

A integração das Tecnologias Sociais Barraginhas e Lago de Múltiplo Uso vem garantindo sustentabilidade hídrica para os agricultores familiares, viabilizando criatórios de peixes e irrigação de hortas. No município de Araçaí em Minas Gerais, na comunidade Fazendinhas Pai José, em um solo seco sob vegetação de Cerrado, com predominância de latossolo vermelho e latossolo amarelo, porosos e profundos, foi construído 96 Barraginhas no ano de 2008 e 90 em 2009, para colher as águas dos escorrimentos superficiais das chuvas: as enxurradas, após reuniões com a comunidade. Ao contê-las, foram reduzidas também as erosões e os assoreamentos. As Barraginhas são carregadas e descarregadas de oito a 12 vezes por ano, infiltrando e elevando o lençol freático, umedecendo o solo em torno das mesmas e nas baixadas, amenizando secas e revitalizando córregos. A concentração de clorofila nas folhas é, usualmente, determinada por metodologias que são destrutivas. No entanto, a utilização do clorofilômetro portátil SPAD-502 possibilita mensurações indiretas rápidas e não destrutivas da concentração de clorofila foliar. Estudou-se a existência de relação linear entre leituras SPAD-502 e conteúdo de clorofila em folhas de maracujazeiro amarelo com extrator dimetilsulfóxido (DMSO). Cinquenta leituras SPAD foram, significativamente, relacionadas com a concentração de clorofila nas folhas de maracujá e o modelo linear de primeiro grau descreveu melhor esta relação. Quais sejam: Y1= 2,7990X + 0,3208; Y2 = -11,7934X + 1,2815 e Y3 = 9,0497X + 1,3967, com coeficientes de determinação (r²) de 0,9942, 0,9893 e 0,9948, respectivamente para clorofila a, clorofila b e clorofila total. Leituras SPAD podem ser usadas com boa acurácia na estimativa da concentração de clorofila foliar de maracujazeiro, de forma não destrutiva, através dos modelos de regressão adotados.