Cotidianos escolares e a necessidade de uma educação antirracista

Autores

Resumo

O presente artigo objetivou, a partir de um relato de experiência, defender a necessidade de implementação de uma educação antirracista nos cotidianos escolares. Consideramos que o cotidiano escolar é um espaço inventivo onde a vida acontece e que os currículos nele praticados, por vezes, escapam da lógica dominante que permeia a nossa sociedade. O currículo, enquanto uma experiência política, cultural e social é um campo de disputa onde ecoam inúmeras possibilidades. Dentre elas encontram-se as discussões acerca do racismo que podem se materializar de diversas maneiras. Em síntese, concluímos, à luz de uma experiência ocorrida com uma criança, no ano de 2015, durante a realização de um estágio de ensino em uma Escola da periferia de Viçosa, que as intervenções antirracistas em situações “informais” podem se apresentar como uma aliada no combate ao racismo nos cotidianos escolares. Contudo, tais intervenções não descartam a urgência de um currículo antirracista nas escolas.

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Biografia do Autor

Tainara Batista Barros, Universidade Federal de Viçosa

Licenciada em Pedagogia e Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Tem especialização em Psicopedagogia e Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado. Possui experiência na educação infantil e atua como professora dos anos iniciais do ensino fundamental na Prefeitura Municipal de Teixeiras (MG).

Rita de Cássia de Souza, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997), mestrado em Educação pela mesma instituição (2001) e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é professora Associada da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Educação, indisciplina escolar, metodologias diferenciadas de educação, construcionismo social, práticas colaborativas e dialógicas e pesquisas relacionais.

Maria Simone Euclides, Universidade Federal de Viçosa

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Extensão Rural e Pedagoga pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Pesquisadora filiada à Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e à Latin American Studies Association (LASA). É vinculada ao Núcleo Brasileiro, Latino Americano e Caribenho de Estudos em Relações Raciais, Gênero e Movimentos Sociais (N´Blac), certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e o Grupo de Pesquisa em Educação Gênero e Raça (EDUCAGERA), da Universidade Federal de Viçosa.  Professora Adjunta II no Curso de Pedagogia da UFV. Tem experiência na área de Educação e Diversidade, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, raça/racismos, trajetórias educacionais e educação do campo.

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Publicado

2021-12-28

Como Citar

Batista Barros, T., de Cássia de Souza, R. ., & Euclides, M. S. (2021). Cotidianos escolares e a necessidade de uma educação antirracista. Revista De Ciências Humanas, 2(21). Recuperado de https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/13002