Ficcionalizando o sujeito: a metaficção historiográfica de Margaret Atwood

Autores

  • Gracia Regina Gonçalves Universidade Federal de Viçosa
  • Thiago Marcel Moyano Universidade Federal de Viçosa

Resumo

Este trabalho pretende analisar o romance Vulgo Grace de Margaret Atwood dentro de uma perspectiva da fragilidade acerca da caracterização “fato/ficção”. A obra trata de um episódio da história criminal do Canadá no século XIX em que a protagonista é pivô e cúmplice de um crime passional envolvendo sua rival grávida, Nancy Montgomery, e a despeito dela, o amante de ambas, Tomas Kinnear. Atwood, através da apropriação, recriação, paródia, disseminação e até contestação de diversas fontes cria uma protagonista rica em nuances, emergindo de um entrecruzar de diversas vozes. Sendo assim, objetiva-se um novo olhar para a constituição do sujeito mulher que surge não só através dos vários discursos, mas principalmente no plano do interdito. Nota-se uma negação no sentido do relato histórico, já que a personagem-narradora parece ofuscar os fatos ao longo do enredo e que Atwood constrói seu texto a partir de uma mistura de intertextos da história e da ficção. Como argumentação teórica, respondem estudos e teorias da nova história e do pós-modernismo como as de Linda Hutcheon e Thomas Carmichael.

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Biografia do Autor

Gracia Regina Gonçalves, Universidade Federal de Viçosa

Professora Adjunta no departamento de Letras da Universidade Federal de Viçosa. Atua na área de literatura estrangeira moderna, desenvolvendo pesquisas em literatura canadense, pós-colonialismo, estudos de gênero, e ecocrítica

Thiago Marcel Moyano, Universidade Federal de Viçosa

Graduando em Letras, desenvolve o projeto de pesquisa “A Tecitura do Não: uma análise da ficcionalização do sujeito-mulher em Vulgo Grace de Margaret Atwood

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Publicado

2019-01-02

Como Citar

Gonçalves, G. R., & Moyano, T. M. (2019). Ficcionalizando o sujeito: a metaficção historiográfica de Margaret Atwood. Revista De Ciências Humanas, 2(2). Recuperado de https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/3887

Edição

Seção

Estudos e Debates