Por que ainda precisamos falar sobre a colonização e colonialidade?
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v12i3.15548Palavras-chave:
América Latina, Colonização, ColonialidadeResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar o projeto de colonização enquanto movimento de invasão, conquista e dominação do território latino-americano desde o século XV (DUSSEL, 1994). Objetiva-se também, refletir e compreender sobre o percurso da colonialidade, bem como, a superestrutura que evidencia modos hegemônicos de ser, saber e poder (QUIJANO, 2014). Por este motivo, a metodologia adotada nesta investigação é qualitativa com caráter teórico bibliográfico. Enquanto resultado, percebe-se que, o desmembramento do fio nodoso da história colonialista, segue a tecer questões pertinentes para a reflexão filosófica e educativa do tempo hodierno. É perceptível que a formação cultural está orientada a manter essas estruturas, mascarando-as como progresso, ordem e desenvolvimento. Tal perspectiva, nos faz concluir que é possível perceber uma outra história; e é urgente pensarmos de maneira crítica, reconhecendo a diversidade cultural deste continente, enquanto um elemento que pode contribuir para uma organização social e histórica mais abrangente e inclusiva e a partir de uma perspectiva de pensamento decolonial à educação.
Downloads
Referências
ARDAO, A.. Genesis de la idea y el nombre de América Latina. Caracas: Centro de Estudios Latinoamericanos Rómulo Gallegos, 1980.
CÉSAIRE, A.. Discurso sobre o colonialismo. Tradução Noémia de Souza. 1 ed. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1978.
CÉSAIRE, A. Discurso sobre la negritud: Negritud, etnicidad y culturas afroamericanas. In: Sylvia Wynter et al. (org.) Antología del pensamiento crítico caribeño contemporáneo. 1ª ed . Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2017, p. 159-166.
DUSSEL, E.. 1492 el encubrimiento del otro: hacia el origen del mito de la modernidad. La Paz: Plural editores, 1994.
FANON. F.. Los condenados de la tierra. In: Sylvia Wynter et al. (org.) Antología del pensamiento crítico caribeño contemporáneo.1a ed . Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2017, p. 167-200.
GAGNEBIN, J.. Walter Benjamin ou a história aberta. In: BENJAMIN, W. Obras escolhidas 1. São Paulo: Brasiliense, 1987.
GROSFOGUEL, R.. La descolonización de la economía política y los estudios postcoloniales: Transmodernidad, pensamiento fronterizo y colonialidad global. Tabula Rasa, n. 4, p. 17-48, ene/jun. 2006.
LAS CASAS, Frei Bartolomé. O paraíso destruído: brevíssima relação da destruição das Índias. Traduzido por Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L&PM, 2001.
QUIJANO, A.. Modernidad, identidad y utopía en América Latina. 1ª ed. Lima: Sociedad y Política, 1988.
QUIJANO, A. Colonialidad y modernidade/racionalidade. Perú Indígena, v. 13, n. 29, p. 11-20, 1992.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, cultura, y conocimiento en América Latina. Ecuador Debate, n. 44, p. 227-238, 1998.
QUIJANO, A.. Colonialidade do poder, eurocentrismo e Abya Yala. In: LANDER, Edgardo. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
QUIJANO, A.. Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. 1ª ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2014.
RINKE, S.. História da América Latina: das culturas pré-colombinas até o presente. Tradução de Francisco Matias da Rocha. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.
MEMMI, A.. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. Tradução de Rolando Corbisier e Mariza Pinto Coelho. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Ponto de Vista
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
POLITICA DE ACESSO LIVRE
A revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o principio de disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público e proporcionar a democratização do conhecimento.
A Revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.