Vamos dar um rolê:
skate como prática libertadora
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v12i3.15638Palavras-chave:
Esporte, Práticas Corporais de Aventura, PreconceitoResumo
Este estudo pretendeu analisar a lógica externa do skate tendo como foco os aspectos sociais que permeiam essa prática corporal de aventura. Realizamos uma pesquisa descritiva qualitativa. O campo de investigação foi uma escola pública da rede estadual do Ceará. Do total de 501 estudantes, 50 profissionais, funcionários e gestores colaboraram respondendo o questionário on-line 163 pessoas, sendo: 149 estudantes, 12 professores(as), 1 funcionário(a) e 1 gestor(a). Os participantes assim se identificaram: 81 homens cis, 68 mulheres cis, 1 mulher trans, 2 homens trans, 4 pessoas não binárias, 2 pessoas se identificam no gênero fluido e 5 outro. Os resultados indicam maior incidência de homens cis e mulher cis que experimentaram andar de skate. Há um elevado número de não praticantes. A vivência desse esporte está mais relacionada ao âmbito masculino. Não ter um skate, falta de estrutura adequada e o medo de se machucar são aspectos que mais impedem a experimentação do esporte. Enfatizamos também a não permissão por pai e/ou mãe e familiares e o preconceito da família. A falta de infraestrutura, insegurança e ausência de Skate Park próximo de casa são fatores no município que interferem na prática da modalidade. Amigo/amiga e outros são os que mais inspiram a vivência desse esporte, por outro lado, pai e mãe foram os que exerceram menor influência. Foram implementadas na escola oficinas de skate como forma de incentivo à vivência dessa modalidade. Foi entregue um documento à vereadora municipal solicitando políticas públicas que oportunizem o acesso à prática de skate.
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