Viver e envelhecer na roça
É melhor do que na praça?
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v34i3.14917Palavras-chave:
Família, Velhice, Relações intergeracionais, Aposentadoria, RuralResumo
O foco deste texto retrata a experiência de envelhecer no espaço rural, reflexão resultante de pesquisa de doutorado cuja centralidade foi compreender as particularidades do processo de envelhecimento na cidade e na roça, considerando as relações familiares intergeracionais e aposentadoria. Quem nasceu e envelheceu na roça preserva com minúcias, lembranças do árduo tempo da seca, sofrimento guardado não só em suas memórias, mas também nas de seus descendentes. A escolha da região Nordeste se justificou pela ausência de maiores estudos que contemplem a velhice nesse lugar. Portanto, é essencial interpretar as práticas e representações dos/as atores/as sociais inseridos/as em tal espaço, acima de tudo, social para além de geográfico.
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