Políticas públicas não-idadistas
o mapa mínimo de relações do idoso (MMRI) como ferramenta de suporte para diagnóstico e elaboração
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v34i2.15264Palavras-chave:
Política pública, Idadismo, Família, Mapa mínimo de relações do idosoResumo
Este artigo busca refletir sobre políticas públicas não-idadistas, articulando com o Mapa Mínimo de Relações do Idoso (MMRI), com o propósito de contribuir como uma ferramenta de suporte para elaboração de políticas públicas. Neste manuscrito apresentam-se aspectos sobre o idadismo na realidade contemporânea. Trata-se, ainda, a respeito dos temas rede de suporte social, envelhecer em casa e na comunidade, e apresenta-se o MMRI como expertise para diagnósticos em políticas públicas. A metodologia utilizada foi um estudo qualitativo exploratório-descritivo, de caráter retrospectivo, do tipo revisão narrativa de literatura de fontes múltiplas. Concluiu-se que o MMRI é uma importante ferramenta para subsidiar a formulação de políticas públicas congruentes às demandas das múltiplas velhices expressas na modernidade. Ficou evidente, também, a carência de investimentos e de articulação para a proposição de novas políticas que sejam, de fato, não-idadistas, desde o seu planejamento até a implementação.
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