Família no neoliberalismo e nas suas alianças neoconservadoras
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v35i1.16508Palavras-chave:
Neoliberalismo, Neoconservadorismo, FamíliaResumo
O presente artigo tem por objetivo construir um diálogo entre as concepções historicizadas da família e do familismo no Serviço Social brasileiro (Mioto, 2010; Santos, 2017; Mioto et al., 2018, Silva e Teixeira, 2020) e as análises críticas contemporâneas do neoliberalismo de Brown (2006; 2015; 2021) e de Dardot e Laval (2016), que se aprofundam nas raízes históricas da construção teórica dos ideais neoliberais e, ainda problematizam a implementação dele no que se denominou neoliberalismo real. Aproxima-se, também, da filosofia marxista feminista de Fraser (2021) e crítica à captura de pautas e lutas progressistas pelo que denominou neoliberalismo progressista. Nessa conjuntura, busca-se identificar criticamente as chamadas alianças políticas de ocasião entre o neoliberalismo e setores religiosos conservadores que possibilitaram a ascensão e a operação de governos de extrema-direita pelo mundo, como demonstraram Brown (2021) nos Estados Unidos e Vaggione, Machado e Biroli (2020) no Brasil e na América Latina.
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