O serviço social e os estudos sobre famílias
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v32i2.11325Keywords:
Serviço Social. Família. Política Social.Abstract
Ao longo das últimas décadas o Serviço Social brasileiro consolida uma referência teórica, metodológica e política alicerçada na teoria social crítica que alimenta a cultura profissional. No decorrer deste processo, temas como a família foram secundarizados, ainda que contemporaneamente haja a latência da temática no contexto de um Estado mínimo que apregoa a centralidade da família na provisão da proteção social. Este resgate da família impõe questões candentes para os assistentes sociais que trabalham nas políticas sociais. Refletir sobre a relação do Serviço Social com a família, a partir da produção teórica da área, constitui o enfoque do presente artigo, desenvolvido por meio de revisão de literatura. Os resultados dessa aproximação indicam que a problematização do tema, apesar de relevante e historicamente relacionado ao trabalho dos/das assistentes sociais, não tem acompanhado os avanços teórico-metodológicos, técnico-operativos e ético-políticos ocorridos na profissão.
Downloads
References
BAPTISTA, Myriam Veras. A produção do conhecimento social contemporâneo e sua ênfase no Serviço Social. Caderno ABESS, São Paulo, n. 5, p.84-95, 1992.
BORGES, Delma Pereira. A centralidade da família para o Serviço Social. 2008. TCC (Graduação em Serviço Social) - Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Curso de Serviço Social. Brasília, 2008.
DE MARTINO, Monica. Programas de transferências condicionadas, famílias e gênero: aproximações a alguns dilemas e desencontros. In: MIOTO, Regina Celia Tamaso; CAMPOS, Marta Silva; CARLOTO, Cassia. (orgs.) Familismo, direitos e cidadania: contradições da política social. São Paulo: Cortez, 2015. p.95-124.
GRAH, Bruno. O Programa Melhor em Casa enquanto arquétipo do familismo na política de saúde e suas nuances no estado de Santa Catarina. 2018. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. Florianópolis, 2018.
HORST, Claudio Henrique Miranda; MIOTO, Regina Celia Tamaso. Serviço Social e o trabalho com famílias: renovação ou conservadorismo? Em Pauta, Rio de Janeiro, v. 15, n. 40, p.228-246, 2017. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaempauta/article/viewFile/32749/23568. Acesso em: 20 out. 2020.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1992.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.
IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez; Lima, Peru: CELATS, 1982.
JESUS, Cristiane Silva; ROSA, Karla Terezinha; PRAZERES, Greyce Gandra Soares. Metodologia de atendimento à família: o fazer do assistente social. Acta Scientiarum Health Sciences, Maringá, v. 26, n. 1, p. 61-70, 2004. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/239326660_Metodologias_de_atendimento_a_familia_o_fazer_do_assistente_social_-_DOI_104025actascihealthsciv26i11618. Acesso em: 14 jul. 2020.
MANFROI, Vania Maria et al. A realidade profissional dos assistentes sociais de Santa Catarina: mercado de trabalho, exercício e formação profissional. Relatório final de pesquisa. Florianópolis, 2011. Arquivo digital.
MENDES, Jussara Maria Rosa; ALMEIDA, Bernadete de Lourdes Figueiredo. As recentes tendências da pesquisa em Serviço Social. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 120, p.640-661, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sssoc/n120/03.pdf. Acesso em: 18 out. 2020.
MENDES, Jussara Maria Rosa; SANTOS, Andréia Mendes; WERLANG, Rosangela. Pós-graduação em Serviço Social no Brasil: há uma pedra no caminho. Katálysis, Florianópolis, v. 20, n. 2, p.165-174, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1982-02592017v20n2p175/34415. Acesso em: 13 set. 2020.
MIOTO, Regina Célia Tamasso. A política social brasileira e o trabalho social com famílias. [Florianópolis], 2020. 26 slides.
MIOTO, Regina Célia Tamasso. A produção acadêmica sobre trabalho social com famílias. Florianópolis, 2015, mimeo.
MIOTO, Regina Célia Tamasso. Família, trabalho com famílias e Serviço Social. Serviço Social em Revista, Londrina, v. 12, n.2, p.163-176, 2010. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/7584/6835. Acesso em: 11 set. 2020.
MIOTO, Regina Célia Tamasso. Trabalho com famílias: um desafio para os assistentes sociais. Textos e Contextos, Porto Alegre, n. 3, p.1-15, 2004. Disponível em: http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/Trabalho%20com%20fam%EDlias.pdf. Acesso em: 16 out. 2020.
MOTA, Ana Elizabete; AMARAL, Angela. Serviço Social brasileiro: cenários e perspectivas nos anos 2000. In: MOTA, Ana Elizabete; AMARAL, Angela. Serviço Social brasileiro nos anos 2000: cenários, peleja e desafios. Recife: Editora UFPE, 2014, p.23-44.
NEDER, Gizlene. Ajustando o foco das lentes: um novo olhar sobre a organização das famílias no Brasil. In: KALOUSTIAN, Silvio Manoug (org.). Família brasileira a base de tudo. São Paulo: Cortez, 1994, p.26-46.
NETTO, Jose Paulo. Transformações societárias e Serviço Social: notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 50, p.87-132, 1996.
NUNCIO, Maria Jose. Introdução ao Serviço Social: história, teoria e métodos. Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Lisboa, 2010.
RODRIGUES, Aline. A formação profissional em Serviço Social e a interlocução com os profissionais na pesquisa mercado de trabalho dos assistentes sociais em Santa Catarina. 2010. TCC (Graduação em Serviço Social) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Curso de Serviço Social. Florianópolis, 2010.
RODRIGUES, Aline. A relação entre teoria e prática na interlocução com os assistentes sociais de Santa Catarina. 2013. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. Florianópolis, 2013.
RODRIGUES, Aline; MANFROI, Vania Maria. A relação teoria e prática: um debate a partir dos princípios do método. Anais do III Seminário Nacional Serviço Social, Trabalho e Política Social. Florianópolis, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/202648?show=full. Acesso em: 16 fev. 2020
SARMENTO, Hélder Boska de Moraes. O debate contemporâneo sobre a intervenção profissional. FAGUNDES, Helenara Silveira; SAMPAIO, Simone Sobral (org). Serviço Social, questão social e direitos humanos. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014, p.159-188.
SILVA, Lidia Maria. Serviço Social e família: a legitimação de uma ideologia. 3ª. Ed. São Paulo: Cortez, 1987.
SILVA E SILVA, Maria Ozanira. Trinta anos da revista Serviço Social e Sociedade: contribuições para a construção e o desenvolvimento do Serviço Social no Brasil. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 100, p.599-649, 2009.
SOUZA, Michele. O Assistente social e a construção do conhecimento: uma abordagem compreensiva. 2010. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Programa de Pós-graduação em Serviço Social, Florianópolis, 2010.
YAZBEK, Maria Carmelita. Os caminhos para a pesquisa no serviço social. Temporalis, Recife, n. 9, p.147-159, 2005.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Oikos: Família e Sociedade em Debate
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Oikos: Família e Sociedade em Debate. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Para a disponibilização e utilização dos artigos em acesso aberto, o periódico adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International Public License: CC BY 4.0. Isso significa que outras pessoas podem compartilhar - copiar ou distribuir o material em qualquer mídia ou formato; adaptar - remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, desde que atribuído o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações" (CC BY 4.0).
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Quanto às questões de plágio, a Oikos utiliza o software de verificação de similaridade de conteúdo – política de plágio (CopySpider) nos artigos submetidos ao periódico.
Ao submeter o artigo, o autor se compromete que os dados relatados no artigo não são resultados de má conduta ética, tais como: dados produzidos, uso indevido de imagens, falsificação, plágio, autoplágio ou duplicidade. O autor declara que nada no artigo infringe qualquer direito autoral ou de propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, ele poderá responder integralmente por qualquer dano causado a terceiros, em todas as esferas administrativas e jurídicas cabíveis, nos estritos termos da Lei nº 9.610/98