Gênero e mercado de trabalho em São Paulo: uma análise a partir dos dados da PNAD 2011
Abstract
Partindo-se do pressuposto que a sociedade vem passando por modificações, principalmente sobre as relações de gênero e trabalho, o presente estudo buscou analisar se existem disparidades no âmbito da renda e do nível de instrução entre homens e mulheres no estado de São Paulo. Para tal, utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) do ano de 2011. Para tal utilizou-se uma análise exploratória dos dados e ANOVA, o teste Tuckey, teste F, e o teste t de Student. Observou-se que existem diferenças de gênero no que ser refere ao nível de instrução, isto é, as mulheres possuíam mais anos de estudos quando comparadas aos homens, compreendendo um maior número de vagas nos cursos de graduação, mestrado e doutorado. Verificou-se que existem diferenças salariais entre os gêneros, sendo que a renda dos homens foi mais alta que a das mulheres na maior parte dos níveis de instrução.
Downloads
References
BRUSCHINI, M. C. A. Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 37, p. 537-572, 2007.
BRUSCHINI, M. C. A.; LOMBARDI, M. R. Mulheres, trabalho e família. Difusão de Ideias. Disponível em: <http://www.fcc.org.br/conteudosespeciais/difusaoideia s/pdf/ materia_mulheres_trabalho_e_familia.pdf>. Acesso em: 29 jun.2014.
BRITO, J.; OLIVEIRA, S. Divisão sexual do trabalho e desigualdade nos espaços de trabalho. In: SILVA FILHO, J. F.; JARDIM, S. (Org.). A danação do trabalho – organização do trabalho e sofrimento psíquico. Rio de Janeiro: Te Cora, 1997. p. 245-263.
CAMBOTA, J. N.; PONTES, P. Desigualdade de rendimentos por gênero intraocupações no Brasil, em 2004. Revista Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 331-350, 2007.
CARVALHO, M. P. F. S.; CARVALHO, J. L. F. S.; CARVALHO, F. A. A. O ponto de vista feminino na reflexão ética: histórico e implicações para a teoria de organizações. In: Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e pesquisa em administração, 25., 2001, Campinas. Anais... Campinas: Anpad, 2001.
COLLINS, J.; SINGH, V. Exploring gendered leadership. In: McTAVISH, D.; MILLER, K. (Ed.) Women in leadership and management. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2006.
DIPBOYE, R.L.; COLELLA, A. Discrimination at work: the psychological and organizational basis. Mahwah, NJ: Society for Industrial and Organizational Psychology (SIOP) / Lawrence Erlbaum Associates, 2005.
KERGOAT, D. Da divisão do trabalho entre os sexos. Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, São Paulo, USP, v.1, n.2, p.88-96, jul./dez. 1989.
FOLEY, S.; NGO, H.; WONG, A. Perceptions of discrimination and justice: are there gender differences in outcomes? Group & Organization Management, v.30, n.4, p.421-450, Aug. 2005.
OLIVEIRA, J. Nos EUA, homens trabalham mais horas do que mulheres. Jornal Folha de São Paulo. Disponível em: <http://classificados.folha.uol.om.br/empregos/2 013/07/1316263-nos-eua-homens-trabalham-mais-horas-do-que-mulheres.shtml>. Acesso em: 01 nov.2013.
FONTOURA, N. O.; GONZALEZ, R. Aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho: mudança ou reprodução da desigualdade. Boletim Mercado de Trabalho. Brasília: IPEA, n. 41, p. 21-26, 2009.
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Banco de dados sobre o trabalho das mulheres. Disponível em: <www.fcc.org.br/mulher/index.html>. Acesso em: 01 nov. 2013.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP). Diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Disponível em:<http://www.fjp.mg.gov.br/index. php/banco-de-noticias/35-fjp-na-midia/2200-04072013-estudo-avalia-diferencas-entre-homens-emulh e es-no-mercado-de-trabalho-de-minas>. Acesso em: 01 nov. 2013.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 162 p.
GIUBERTI, A. C.; MENEZES-FILHO, N. Discriminação de rendimentos por gênero: uma comparação entre o Brasil e os Estados Unidos. Revista de Economia Aplicada, v. 9, n. 3, p.369-384, jul./set. 2005.
GUIRALDELLI, R. Adeus à divisão sexual do trabalho? Desigualdade de gênero na cadeia produtiva da confecção. Revista Sociedade e Estado - Volume 27 Número 3 - Setembro/Dezembro 2012.
HAIR JUNIOR, J. F. Análise multivariada de dados. 5. ed. Trad. por Adonai S. Sant’Anna e Anselmo Chaves Neto. Porto Alegre: Bookman, 2005.
_________. Reestruturação produtiva, trabalho e relações de gênero. Revista Latino-americana de Estudos do Trabalho, São Paulo, ano 4, n. 7, 1998, p.5 -27.
HOFFMANN, R.; LEONE, E. Participação da mulher no mercado de trabalho e desigualdade da renda domiciliar no Brasil: 1981-2002. Nova Economia, v. 14, n. 2, p. 35-58, 2004.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Síntese de indicadores sociais – 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminios/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf >. Acesso em: 01 nov.2013.
_________. Censo 2010: as mulheres são mais instruídas que os homens e ampliam nível de ocupação. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=n oticia&id=3&idnoticia=2296&busca=1>. Acesso em: 01 nov.2013.
JOIA, M. C. P. O; RIBEIRO, V. M. Visões da educação de jovens e adultos no brasil. Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001.
LEONE, E. T.; BALTAR, P. E. A. A mulher na recuperação recente do mercado de trabalho. Revista Brasileira de Estudos da População, v. 25, n. 2, p. 233-249, 2008.
LIMA, M. E. B. A dimensão do trabalho e da cidadania das mulheres no mercado globalizado. In: COSTA, A. A.; OLIVEIRA, E. M.; LIMA, M. E. B.; SOARES, V. (Orgs.). Reconfiguração das relações de gênero no trabalho. São Paulo: CUT Brasil, 2004.144 p.
LIMA, P. C.; LIMA, R. R. Estatística Experimental: guia de estudos. CEAD – UFLA. Disponível em: <http://www.dex.ufla.br/images/stories/File/Paulo/GUIA%20DE%20 ESTUDOS%20%20vers%C3%A3o%20em%20revis%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 01 nov.2013.
MARTIN, J. Hidden gendered assumptions in mainstream organizational theory and research. Journal of Management Inquiry, v.9, n.2, p.207-216, June 2000.
MONTALI, L. Provedoras e co-provedoras: mulheres cônjuge e mulheres-chefe de família sob a precarização do trabalho e o desemprego. Revista Brasileira de Estudos da População, v. 23, p. 223-245, 2006.
OIT, ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Jornada de trabalho de homens e mulheres. Disponível em: <http://www.oit.org.br/search/apachesolrsear ch/horas%20trabalho%20homem%20e%20mulher>. Acesso em: 01 nov.2013.
RAMOS, L; ÁGUAS, M. F. F.; FURTADO, L. M. S. Participação feminina na força de trabalho metropolitano: o papel do status socioeconômico das famílias. Economia Aplicada, v. 15, n. 4, 2011, pp. 595-611.
RIBEIRO, J. I.; SANTOS, N. T.; FILHO, S. M. Estatística Experimental. Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Estatística, Notas da aula, apostila, 2010.
ROSADO, A. P. N.; TAVARES, V. O.; FERREIRA, M. A. M.; SILVA, A. A. P.; TEIXEIRA, K. M. D. T. Disparidades de gênero nas relações de trabalho no Brasil nos anos de 2007 e 2008. Oikos: Revista Brasileira de Economia Doméstica, Viçosa, v. 22, n.2, p. 233-257, 2011.
ROTH, L.M. Women on Wall Street: despite diversity measures, Wall Street remains vulnerable to sex discrimination charges. Academy of Management Perspectives, v.21, n.1, p.24-35, Feb. 2007.
SALDANHA, R. C. Desigualdade de gênero no mercado de trabalho da sociedade da Informação. Disponível em: <http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/ docsPDF/ABEP2008_973.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2013.
SEKEFF, G. Com diploma e sem marido: as brasileiras têm mais anos de estudo que os homens. As estatísticas mostram que essa vantagem estimula a solteirice. Revista Veja. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/especiais/mulher_2006/p_034.html>. Acesso em: 01 nov. 2013.
SHAFFER, M.A.; TONG, K.; JOPLIN, J.R.W.; BELL, M.P.; LAU, T.; OGUZ, C. Gender discrimination and job-relatedoutcomes: a cross-cultural comparison of working women in the United States and China. Journal of Vocational Behavior, v.57, n.3, p.395-427, Dec. 2000.
SOARES, A. Automação, (des) qualificação e emoção nos paraísos de consumo. Cadernos Pagu, Campinas, Unicamp, v.10, p.113-146, 1998.
_________ . Se eu pudesse não ser caixa de supermercado... Estudos Feministas, Rio de Janeiro, UFRJ, v.5, n.1, p.82-102, jan./jun. 1997.
SON, H. H.; KAKWANI, N. Diferenças salariais por gênero ao longo da vida laboral. Centro Internacional de Pobreza, n. 20, 2008. Disponível em: <http://www.undp-povertycentre.org/pub/port/IPCOnePager20.pdf>. Acesso em: 01 nov.2013.
SORJ, B. Percepções sobre esferas separadas de gênero. In: ARAUJO, C.; SCALON, C. (Orgs.). Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
Downloads
Additional Files
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Oikos: Família e Sociedade em Debate. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Para a disponibilização e utilização dos artigos em acesso aberto, o periódico adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International Public License: CC BY 4.0. Isso significa que outras pessoas podem compartilhar - copiar ou distribuir o material em qualquer mídia ou formato; adaptar - remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, desde que atribuído o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações" (CC BY 4.0).
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Quanto às questões de plágio, a Oikos utiliza o software de verificação de similaridade de conteúdo – política de plágio (CopySpider) nos artigos submetidos ao periódico.
Ao submeter o artigo, o autor se compromete que os dados relatados no artigo não são resultados de má conduta ética, tais como: dados produzidos, uso indevido de imagens, falsificação, plágio, autoplágio ou duplicidade. O autor declara que nada no artigo infringe qualquer direito autoral ou de propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, ele poderá responder integralmente por qualquer dano causado a terceiros, em todas as esferas administrativas e jurídicas cabíveis, nos estritos termos da Lei nº 9.610/98