O Exercício de compreensão do mundo em Hannah Arendt:
um olhar biográfico
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v12i2.15996Palavras-chave:
Biografia, Hannah Arendt, Condição judaicaResumo
O presente artigo tem como mote o lugar do pensar em Arendt e se propõe a articular algumas noções e conceitos da pensadora ligadas ao seu esforço e exercício de compreensão do mundo e sua busca de sentidos para os fenômenos existentes. Aqui, trabalha-se com o entendimento que a inclinação da autora por tentar compreender as coisas e assim fazer uma leitura mais alargada da realidade vincula-se à sua trajetória pessoal e acadêmica. Como respaldo biográfico, repousamos nossa atenção em Hannah Arendt, for love of the world (1982), de Elisabeth Young-Bruehl. Ademais, destaca-se o referencial dos Escritos judaicos (2016), tendo sido selecionado como recorte possível de análise, o artigo Paz ou armistício no Oriente Médio, escrito em 1948, de modo a contemplar os esforços de Arendt ao pensar a questão judaica ante as problemáticas de seu tempo. Pensando a questão judaica e o momento histórico a ela vinculados, não há como separá-los da própria história de Arendt, que acompanhou a formação do Estado de Israel e o recrudescimento das tensões na Palestina. Qual era o lugar dos judeus? Nesse questionamento buscamos angariar um espaço de discussão que observe a importância que a pensadora atribui à esfera pública, à ideia de ocupação política, entre outras noções similares, como profundamente atreladas à sua condição judaica.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Vanessa Sievers de. Amor mundi e educação: reflexões sobre o pensamento de Hannah Arendt. 2009. 193 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: Acesso em: 10 de maio 2021.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução R. Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.
_________.A vida do espírito. Tradução Antonio Abranches e Helena Martins. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000.
_________. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Tradução de José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
_________. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2013.
. Escritos judaicos [Tradução de Laura Degaspare Monte Mascaro, Luciana Garcia de Oliveira e Thiago Dias da Silva]. Barueri, SP: Amarylis, 2016. 895 páginas.
_________. Lições sobre a filosofia política de Kant. Tradução de André Duarte. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993.
. Origens do totalitarismo: antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Trad. Roberto
Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. . O que é Política? Tradução de Reinaldo Guarany. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
CARVALHO, José Sérgio Fonseca de. Educação, uma herança sem testamento: diálogos com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2017.
CRIVORNCICA, Roberta. As narrativas da Vida do Espírito e Educação em Hannah Arendt. 2017. 152 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: Acesso em: 14 abr. 2021.
VASTERLING, Veronica. Hermenêutica política: a contribuição de Hannah Arendt à hermenêutica filosófica. Tradução de Political Hermeneutics: Hannah Arendt’s contribution to Hermeneutic Philosophy, de Veronica Vasterling, IN: WIERCINSKI, A. 16 (ed.), Gadamer’s Hermeneutics and the Art of Conversation. Berlin: Verlag, 2011, p. 571- 582. Tradução de José Valdir Teixeira Braga Filho. Argumentos, Fortaleza, n.º 24., p. 212-222. 2020.
YOUNG-BRUEHL, Elisabeth. Hannah Arendt: For love of the world. New Haven; London: Yale University Press, 1982.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Ponto de Vista
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
POLITICA DE ACESSO LIVRE
A revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o principio de disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público e proporcionar a democratização do conhecimento.
A Revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.