Desigualdade no acesso ao ensino formal para a população idosa no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v34i2.15226Palavras-chave:
Educação, Idosos, Políticas Públicas, Desigualdades de GêneroResumo
Neste estudo buscou-se contribuir para com a literatura a respeito da temática do envelhecimento e a educação formal no Brasil que é diminuta em decorrência da visão idadista da sociedade em relação ao público idoso. Foram analisados e discutidos os fatores que influenciaram os idosos, agrupados pelo gênero, a acessar ou abandonar a escola regular e buscar as principais alternativas ofertadas pela Estado brasileiro: a EJA e o Encceja. Para isso, utilizaram-se os microdados e questionários socioeconômicos do Encceja 2019, disponibilizados pelo INEP. Os resultados indicaram a presença de disparidades etárias e de gênero em todas as modalidades de acesso ao ensino analisadas. Os idosos indicaram a procura pela educação por motivos que os colocariam em acesso a oportunidades as quais a sociedade não os qualifica como capazes, sendo essas relacionadas a busca por qualificação profissional e acadêmica, e a participação na força de trabalho.
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