Feminicídios de mulheres negras e reprodução social da violência no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v35i2.16513Palabras clave:
Mulheres negras, Interseccionalidade, Desigualdades, ViolênciaResumen
Este artículo tiene como objetivo explicar la peculiaridad de la violencia letal contra las mujeres negras en la sociedad brasileña. El panorama presentado por el Foro Brasileño de Seguridad Pública y los datos obtenidos del Instituto de Seguridad Pública del estado de Río de Janeiro constituyen las fuentes prioritarias para los análisis. Mediante estadística descriptiva se presenta la discrepancia en las cifras de feminicidios al comparar el color/raza de las víctimas a escala nacional y estatal. Está establecido que las políticas públicas para combatir la violencia de género deben prestar atención a la singularidad de las mujeres negras, que combinan opresión de raza, género y clase. Así, se postula que más que enfoques finalistas, dirigidos principalmente a castigar a los agresores, las medidas deben centrarse en las desigualdades estructurales, responsables de la mayor vulnerabilidad de las mujeres racializadas a la violencia de género.
Descargas
Citas
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2019.
ALEXANDER, Michelle. The New Jim Crow: Mass Incarceration in the Age of Colorblindness. The New Press, New York, 2010.
ALCADIPANI, Rafael; PACHECO, Dennis; BUENO, Samira; LIMA, Renato Sérgio de. Making black lives don’t matter via organizational strategies to avoid the racial debate: The military police in Brazil. Gender, Work & Organization, 2021.
ARRUZA, Cinzia. Considerações sobre gênero: reabrindo o debate sobre patriarcado e/ou capitalismo. Revista Outubro, n. 23, p. 33-58, 2015.
BORDIEU, Pierre. A dominação masculina: a condição feminina e a violência simbólica. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2021.
BORGES, Doriam. Notas sobre a qualidade dos dados de homicídios no Brasil. In: LIMA, Renato Sérgio. Estatísticas de Segurança Pública: produção e uso de dados criminais no Brasil. São Paulo: FBSP, 2022.
BUTLER, Judith. Desfazendo gênero. São Paulo: Unesp, 2022.
CARDOSO, Fernando Henrique. Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional: O negro na sociedade escravocrata no Rio Grande do Sul. São Paulo: Difel, 1962.
CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2020.
CURI, Paula Land; RIBEIRO, Mariana Thomaz de Aquino; MARRA, Camilla Bonelli. A violência obstétrica praticada contra mulheres negras no SUS. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 72, p. 156-169, 2020.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
DELPHY, Christine. O inimigo principal: a economia política do patriarcado. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 17, p. 99-19, 2015.
FALQUET, Jules. Repensar as relações sociais de sexo, classe e “raça” na globalização neoliberal. Londrina, Mediações, v. 13, n.1-2, p. 121-142, Jan/Jun e Jul/Dez. 2008.
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. São Paulo: Ubu, 2022.
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
FBSP. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023. São Paulo: FBSP, 2023.
FBSP. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022. São Paulo: FBSP, 2022.
FBSP. Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil. São Paulo: FBSP, 2023a.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Editora Elefante, 2017.
FERNANDES, Florestan. A inserção do negro na sociedade de classes. São Paulo: FFCL/Usp, 1964.
FERNANDES, Florestan. Capitalismo dependente e Classes sociais na América Latina. 4 ed. São Paulo: Global, 2009.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. São Paulo: Global, 2013.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Revista Ciências Sociais Hoje. Anpocs, n. 1, 1984, p. 223-244.
GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: Ensaios, Intervenções e Diálogos. Rio Janeiro: Zahar: 2020.
HALL, Stuart. Cultural Identity and Diaspora. Londres: Routledge, 1990.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da
perspectiva parcial. Campinas, Cadernos Pagu, v. 5, p. 7-41, 1997.
HOOKS, bell. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante, 2019.
IANNI, Octavio. Tendências do pensamento brasileiro. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 12(2): 55-74, novembro de 200
IBGE. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.
IBGE. Produto Interno Bruto dos Municípios 2020. Rio de Janeiro: IBGE, 2022a.
IBGE. Outras formas de trabalho 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2023.
MARINHO, Fátima; et. al. Disparidades raciais no excesso de mortalidade em tempos de Covid-19 em São Paulo. Informativos Desigualdades Raciais e Covid19, AFRO-CEBRAP, n. 8, 2021.
MATTA, Gustavo et. al. Os impactos sociais da Covid-19 no Brasil: populações vulnerabilizadas e respostas à pandemia. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2021.
MISSE, Michel. Sobre as estatísticas criminais no Rio de Janeiro (1908-2020): uma breve história e um testemunho. In: LIMA, Renato Sérgio. Estatísticas de Segurança Pública: produção e uso de dados criminais no Brasil. São Paulo: FBSP, 2022.
MISSE, Michel. Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Porto Alegre, Civitas, v.8, n. 3, 2008.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. São Paulo: Editora 34, 2004.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Laços Perigosos Entre Machismo e Violência. In: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 23-26, Mar. 2005.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado. 4ª ed. São Paulo: Perspectivas, 2021.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito de Marca. As Relações Raciais em Itapetininga. São Paulo: Edusp, 1998.
OEA. Situação dos Direitos Humanos no Brasil: Aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 12 de fevereiro de 2021. OEA: CIDH, 2021.
OLIVEIRA, Dennis. Dilema da luta contra o racismo no Brasil. In: ALMEIDA (Org). Marxismo Racial: Dossiê à Margem Esquerda. São Paulo: Boitempo, versão eletrônica, 2021.
OY?WÚMÍ, Oyèrónk??. The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997.
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. Tradução de Angela M. S. Côrrea. São Paulo: Contexto, 2007.
RAMOS, Alberto Guerreiro. Negro sou. A questão étnico-racial e o Brasil: ensaios, artigos e outros textos (1949-73). Rio de Janeiro: Zahar, 2023.
SAFFIOTI, Heleieth. Primórdios do conceito de gênero. Cadernos Pagu, n. 12 (Dossiê “Simone de Beauvoir e os feminismos do século XX”), p. 157-163, 1999.
SAFFIOTI, Heleieth. Gênero patriarcado violência. São Paulo: Expressão Popular e Fundação Perseu Abramo, 2015.
SANT’ANNA, Cristiano; SILVA, Isadora S. Oxum e ekedis: a ancestralidade feminina negra dos terreiros refletido nas redes sociais. Maringá, Revista Espaço Acadêmico, v. 20, n. 227, p. 49-61, 2021.
SCOTT, Joan Wallach. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação & Realidade.
Porto Alegre, vol. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.
SCHAWRCZ, Lilia M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
TELES, Maria Amélia de Almeida; MELO, Mônica. O que é violência contra a mulher. São Paulo: Brasiliense, 2017.
UNODC. Gender-related killings of women and girls (femicide/feminicide): Global estimates of gender-related killings of women and girls in the private sphere in 2021 Improving data to improve responses.UNODC, 2022.
WALKER, Lenore. The battered woman. New York: Harper and How, 1979.
WITTIG, Monique. O pensamento hétero e outros ensaios. São Paulo: Autêntica, 2022.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Oikos: Família e Sociedade em Debate
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Oikos: Família e Sociedade em Debate. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Para a disponibilização e utilização dos artigos em acesso aberto, o periódico adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International Public License: CC BY 4.0. Isso significa que outras pessoas podem compartilhar - copiar ou distribuir o material em qualquer mídia ou formato; adaptar - remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, desde que atribuído o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações" (CC BY 4.0).
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Quanto às questões de plágio, a Oikos utiliza o software de verificação de similaridade de conteúdo – política de plágio (CopySpider) nos artigos submetidos ao periódico.
Ao submeter o artigo, o autor se compromete que os dados relatados no artigo não são resultados de má conduta ética, tais como: dados produzidos, uso indevido de imagens, falsificação, plágio, autoplágio ou duplicidade. O autor declara que nada no artigo infringe qualquer direito autoral ou de propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, ele poderá responder integralmente por qualquer dano causado a terceiros, em todas as esferas administrativas e jurídicas cabíveis, nos estritos termos da Lei nº 9.610/98
