A supressão da Educação Física nas matrizes curriculares do novo Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v13i2.17037Palavras-chave:
Novo ensino médio (NEM), Educação Física Escolar, CurrículoResumo
Este trabalho teve como objetivo mapear a presença/ausência da Educação Física nas matrizes curriculares dos estados e do Distrito Federal e apresentar reflexões em torno das suas implicações pedagógicas. Consistiu numa investigação de natureza bibliográfica e documental, referenciada no materialismo histórico-dialético. As 27 matrizes curriculares do novo ensino médio dos estados e do Distrito Federal foram analisadas. Constatou-se que houve significativa redução na carga horária destinada a esse componente curricular. No novo ensino médio a carga horária total média é de 108 horas, no anterior eram 182 horas, resultado que reflete a supressão promovida na maioria das redes. Em relação à soma do número de aulas semanais, a maior parte dos estados destinaram 4 horas (8 redes) e 3 horas (8 redes). O estado de Goiás estabeleceu uma única aula para esse componente, representando a rede com o menor número. É possível afirmar que a supressão do tempo pedagógico para as aulas de Educação Física resulta em diversas implicações de ordem pedagógica e laboral. Com a reduzida carga horária, não há possibilidades concretas para se abordar a diversidade de atividades da cultura corporal e promover o aprofundamento da sistematização desse conhecimento. Por fim, compreende-se que o novo ensino médio representa um retrocesso para a educação das camadas populares, o que justifica a sua revogação.
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