Veredas da constituição histórica da educação do campo: do ruralismo pedagógico à educação popular
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v13i3.19102Palavras-chave:
Educação rural;, Políticas Educacionais;, Educação do Campo.Resumo
O objetivo desta pesquisa de mestrado em história foi investigar as políticas educacionais voltadas especialmente para o campo. A educação rural surge a partir da necessidade de suprir os interesses do capital no intuito de desenvolver o capitalismo no campo. Os interesses estavam voltados para a expropriação da terra e era necessário disciplinar os camponeses. Para apresentar o balanço histórico da educação rural no Brasil, foi necessário analisar trajetória, legislação, reformas educacionais realizadas e concepções pedagógicas em disputa. Os dados revelam a marginalização desse processo escolar e a falta de responsabilidade do estado em promover uma política educacional que atendesse à realidade de camponeses, e discute-se com ênfase a constituição histórica do que se chamou de “ruralismo pedagógico” no Brasil. As escolas rurais eram urbanocentradas, ou seja, a intenção era suprir as demandas das cidades e das classes dominantes, a prioridade era que as escolas do campo focassem o desenvolvimento urbano-industrial. A busca da Educação do Campo ao encontro da Educação Popular se manifesta, sobretudo, por meio da influência de Paulo Freire e dá contornos às propostas atuais de emancipação humana para os camponeses por meio, também, da educação.
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