Representações dos funcionários de casas de acolhimento sobre a institucionalização de crianças e adolescentes em risco social e pessoal em Viçosa - MG

Autores

  • Jaqueline de Freitas Lopes
  • Maria de Lourdes Mattos Barreto UFV

Resumo

O presente artigo é parte de uma pesquisa que teve por tema as representações construídas sobre a institucionalização de crianças e adolescentes em risco social e pessoal por funcionários de Casas de Acolhimento em Viçosa, MG. A pesquisa, de abordagem qualitativa descritiva, foi realizada através de entrevistas gravadas com quinze indivíduos, em duas casas de acolhimento da cidade de Viçosa-MG. Os dados obtidos foram submetidos à análise qualitativa, e as respostas dos sujeitos foram agrupadas em subcategorias previamente definidas. Os resultados mostraram que a institucionalização de crianças e adolescentes ainda é priorizada em detrimento de políticas de reconstrução e fortalecimento dos vínculos familiares uma vez que faltam políticas públicas efetivas no fortalecimento da família para superação das dificuldades que levaram a situação de vulnerabilidade, e consequentemente, ao acolhimento.

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Biografia do Autor

Jaqueline de Freitas Lopes

Assistente Social. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa.

Maria de Lourdes Mattos Barreto, UFV

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Docente do Departamento de Economia Doméstica e do Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil

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Publicado

2016-12-08

Como Citar

Lopes, J. de F., & Mattos Barreto, M. de L. (2016). Representações dos funcionários de casas de acolhimento sobre a institucionalização de crianças e adolescentes em risco social e pessoal em Viçosa - MG. Oikos: Família E Sociedade Em Debate, 27(2), 49–77. Recuperado de https://periodicos.ufv.br/oikos/article/view/3708

Edição

Seção

Artigos