Por que continuar trabalhando na velhice? o caso de Hefesto e seus 95 anos

Autores

  • Sharinna Venturim Zanuncio Universidade Federal de Viçosa http://orcid.org/0000-0002-6930-8260
  • Simone Caldas Tavares Mafra Universidade Federal d Viçosa
  • Lucia Helena de Freitas Pinho França Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)
  • Pedro Maria da Cunha Moura Ferreira Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.31423/oikos.v30i1.3813

Palavras-chave:

Pessoa Idosa, Envelhecimento Ativo, Ageísmo, Envelhecimento no Mercado de Trabalho.

Resumo

Objetivou-se conhecer e analisar a história de vida laboral de uma pessoa idosa de 95 anos, que ainda se encontra ativa no mercado de trabalho formal, desenvolvendo a mesma atividade, pelas IES que passou, sejam elas públicas ou privada.Foi utilizado o método de história de vida, guiado por entrevista semiestruturada, junto ao sujeito participante, escolhido intencionalmente pelas pesquisadoras. Histórias como essa, deixarão de ser exceção e passarão a ser cada vez mais frequentes, devido ao processo de envelhecimento da população e sua permanência no mercado de trabalho, por um período mais longo. Sendo necessário, refletir acerca da valorização da pessoa idosa no meio social, um desafio que requer respostas urgentes, pois os fatores que as motivam a permanecer no trabalho estão relacionados principalmente, à manutenção da vida e saúde mental, social e econômica, recebendo reconhecimento no ambiente profissional, familiar, assim como a valorização da sociedade, fazendo-os inseridos no contexto social, sentindo-se úteis e capazes, superando o estigma de que a velhice seja a etapa da vida relacionada ao processo de finitude e inutilidade.

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Biografia do Autor

Sharinna Venturim Zanuncio, Universidade Federal de Viçosa

Doutoranda em Economia Doméstica pelo Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa (PPGED/UFV) na linha de pesquisa Famílias, Políticas Públicas e Desenvolvimento Humano e Social. Bolsista do Programa de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Bacharel e Mestre em Economia Doméstica pela UFV. Licenciada em Biologia pelo Instituto de Educação e Tecnologia (INET), Salvador, Bahia, Brasil. Assistente de Pesquisa do Grupo de Pesquisa ERGOPLAN (Planejamento Ergonômico do Trabalho) da UFV. Ao longo da graduação em Economia Doméstica acumulou experiências na área de vestuário e têxteis, modelagem, lavanderia e hotelaria hospitalar, ergonomia, segurança e acidentes no trabalho, qualidade de vida, orçamento doméstico/familiar, além de experiências quanto à extensão universitária e responsabilidade social, por meio do atendimento à comunidade viçosense em suas diversas demandas ligadas às áreas da Economia Doméstica. Foi professora do Instituto de Ensino Superior do Espírito Santo (IESES) lecionando para os cursos de Administração, Biomedicina, Engenharia de Petróleo e Gás, Engenharia de Produção e Sistemas de Informação (Fev. 2012 à Dez. 2014) e Coordenadora de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação também da IESES (Jul. 2013 à Nov. 2014). Atuou também como Economista Doméstica da Prefeitura Municipal de Castelo (PMC), trabalhando com as agroindústrias e indústrias familiares, de origem vegetal e animal, além da Feira Livre da Agricultura Familiar do Município (Fev. 2012 à Jul. 2013 e Ago. 2013 à Mar. 2015).

Simone Caldas Tavares Mafra, Universidade Federal d Viçosa

Possui graduação em Economia Domestica pela Universidade Federal de Viçosa (1989), mestrado (1996) e doutorado (1999) em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é Professora Titular da Universidade Federal de Viçosa. Em 2011 realizou o pós-doutorado, no Sealy Center on Aging da University of Texas Medical Branch, Texas, Estados Unidos, centro este colaborador da WHO/PAHO na linha de pesquisa Minority Aging. Tem experiência destacada na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Planejamento Ergonômico do Trabalho. É pesquisadora e coordenadora do Grupo de Pesquisa ERGOPLAN (Grupo de Planejamento Ergonômico do Trabalho) e do Grupo Risco Social e Envelhecimento. Orientadora junto ao Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica nas linhas de pesquisa Famílias, Políticas Públicas e Desenvolvimento Humano e Social; e Trabalho, Consumo e Cultura. Desde 2007 é bolsista da SESu/MEC, na modalidade tutora do Programa de Educação Tutorial em Economia Doméstica. Em 2013 assumiu a vice presidência da Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Envelhecimento (ASPEN).

Lucia Helena de Freitas Pinho França, Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)

Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e do Doutorado) da Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO desde julho de 2006. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Gama Filho (1978), especialização em Gerontologia Social pelo Instituto Sedes Sapientiae/SBGG-SP (1989), mestrado em Psicologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989) e PhD em Psicologia pela University of Auckland, NZ (2004). Atua em pesquisa e docência na área da Psicologia Social e Psicologia Organizacional e do Trabalho, principalmente com os temas de Gerontologia; Aposentadoria e atitudes, decisão e bem-estar; intergeracionalidade, ageismo (preconceito contra idade) e estudos transculturais. Trabalhou por 17 anos no SESC - DN, coordenando projetos intergeracionais, de recursos humanos, lazer e o Trabalho Social com Idosos em todo o Brasil. É membro da Salzburg Global Scholarship Programs (Áustria), da Gerontological Society of America (GSA) e da International Federation on Ageing (IFA). Foi membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (2014-2016) É diretora técnica da Recicle Gente em Desenvolvimento Ltda onde realiza consultorias, palestras, cursos e workshops em Programas de Preparação para a Aposentadoria (PPA) para organizações públicas e privadas em mais de 10 países. Recebeu apoio da FAPERJ para diversos projetos na área de envelhecimento. Recebeu o prêmio de Jovem Cientista do Nosso Estado (2013-2016). Foi bolsista de produtividade-2 do CNPq 2014-2016. Orientadora de mestrado e doutorado (Texto informado pelo autor)

Pedro Maria da Cunha Moura Ferreira, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Investigador auxiliar do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Licenciou-se em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa (1984) e doutorou-se em Sociologia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (1999). Foi vogal do Conselho Diretivo do ICS (1998-2004) e membro da direção da Associação Portuguesa de Sociologia (2000-2002). Tem trabalhado em torno dos temas das identidades, valores e modos de vida. Tem atualmente como principais projetos de investigação o estudo da sexualidade dos portugueses no contexto da sida e o inquérito sobre as fontes de educação sexual dos jovens portugueses.

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Publicado

2019-03-17

Como Citar

Venturim Zanuncio, S., Caldas Tavares Mafra, S., de Freitas Pinho França, L. H., & da Cunha Moura Ferreira, P. M. (2019). Por que continuar trabalhando na velhice? o caso de Hefesto e seus 95 anos. Oikos: Família E Sociedade Em Debate, 30(1), 104–127. https://doi.org/10.31423/oikos.v30i1.3813