A FORMAÇÃO POLÍTICA DE TRABALHADORES PRECARIZADOS NO MST E NO MTST

Autores

  • Renan Dias Oliveira Centro Universitário Fundação Santo André

DOI:

https://doi.org/10.18540/revesvl2iss1pp0034-0050

Resumo

O tema deste artigo se fundamenta em dois eixos principais: o primeiro procura analisar, do ponto de vista da Sociologia do Trabalho, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) têm atuado na incorporação de grupos precarizados de trabalhadores rurais e urbanos em suas fileiras de atuação social e política. O segundo procura analisar como os “setores de formação” dos dois movimentos atuam nessa dinâmica de absorção de trabalhadores e na consequente formação política desses mesmos trabalhadores, que irão compor as fileiras dos dois movimentos sociais de forma orgânica, como militantes. Por fim, será feita uma comparação entre as dinâmicas dos dois movimentos, a fim de melhor compreender o caminho percorrido por trabalhadores precarizados, que se tornam atores políticos no interior dos dois maiores movimentos sociais do país. Considera-se importante resgatar trabalhos de pesquisa realizados sobre a formação política em movimentos sociais, mas dando ênfase ao protagonismo político de setores de trabalhadores precarizados nesses dois movimentos.

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Biografia do Autor

Renan Dias Oliveira, Centro Universitário Fundação Santo André

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). mestre em Política Científica e Tecnológica pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com período sanduíche pela Universidad de Buenos Aires (UBA). Professor do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA)

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Publicado

2019-02-18

Como Citar

Oliveira, R. D. (2019). A FORMAÇÃO POLÍTICA DE TRABALHADORES PRECARIZADOS NO MST E NO MTST. REVES - Revista Relações Sociais, 2(1), 0034–0050. https://doi.org/10.18540/revesvl2iss1pp0034-0050

Edição

Seção

General Papers/Artigos