Paralelo entre o texto: algumas considerações sobre “raça”, ação afirmativa e identidade negra no Brasil: fundamentos antropológicos (Munanga, 2006), e o filme Quanto vale ou é por quilo?

Autores

  • Cleucimar Aparecida Pereira Prudente Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/Mato Grosso do Sul/MS, Brasil https://orcid.org/0009-0001-2951-4051
  • Luara Tavares Garcia Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/Mato Grosso do Sul/MS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.18540/revesvl8iss1pp17151

Palavras-chave:

Escravidão. Desigualdade. Identidade.

Resumo

Neste trabalho analisamos o diálogo de abertura do filme "Quanto Vale ou é por um quilo?" (2005), dirigido por Sérgio Bianchi, uma obra do cinema nacional que aborda a persistência da escravidão desde o século XVIII até os dias atuais e os desvios financeiros em projetos sociais conduzidos por organizações não governamentais (ONGs), as quais recebem recursos destinados a essas iniciativas. Utilizamos o texto de Munanga (2005/2006) como referencial teórico para estabelecer uma relação entre a narrativa histórica da escravidão e as questões contemporâneas de política e identidade negra na análise cinematográfica. O problema central explorado no filme é a persistente exploração da mão de obra ao longo dos séculos, mantendo sua influência prejudicial na sociedade. O objetivo da comparação entre o texto e o filme serve para compreender como o processo de formação das práticas racistas no Brasil está vinculado intimamente com a história e as estruturas sociais e econômicas do período escravista, além de evidenciar sua manutenção. O resultado desta análise mostra a importância do cinema como uma forma de expressão que pode gerar diálogos significativos sobre questões sociais e políticas, especialmente aquelas relacionadas à história da escravidão e à identidade negra. Concluímos que o filme "Quanto Vale ou é por um quilo?" oferece uma contribuição valiosa para o entendimento e a conscientização sobre essas questões complexas, incentivando o público a refletir sobre a necessidade contínua de combater a escravidão moderna e promover a equidade.

 

Downloads

Referências

BIANCHI, Sérgio. Quanto vale ou é por quilo? Longa-metragem / Sonoro / Ficção /35 mm, COR. Direção: Sérgio Bianchi. Roteiro: Sergio Bianchi; Eduardo Benaim. Montagem: Paulo Sacramento. Companhias Produtoras: Quanta; Teleimage. Brasil, 2005.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1, 2018.

MUNANGA, Kabengele. Algumas considerações sobre “raça”, ação afirmativa e identidade negra no Brasil: fundamentos antropológicos. Revista USP. São Paulo, n. 68, p. 47-57. Dezembro/fevereiro 2005-2006.

Downloads

Publicado

2025-02-14

Como Citar

Prudente, C. A. P., & Garcia, L. T. (2025). Paralelo entre o texto: algumas considerações sobre “raça”, ação afirmativa e identidade negra no Brasil: fundamentos antropológicos (Munanga, 2006), e o filme Quanto vale ou é por quilo?. REVES - Revista Relações Sociais, 8(1), 17151. https://doi.org/10.18540/revesvl8iss1pp17151

Edição

Seção

General Papers/Artigos