Novas arquiteturas curriculares do Ensino Médio:
entre o velho descaso e costumeiro faz de conta
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v13i2.16819Palavras-chave:
Ensino médio, Protagonismo estudantil, Referencial curricular gaúcho, BNCCEM, Formação científicaResumo
Este artigo aborda a Nova Arquitetura Curricular da Formação Geral Básica no contexto do Novo Ensino Médio no Brasil, com foco nas implicações da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (BNCCEM) e nos Itinerários Formativos. O estudo também analisa o Referencial Curricular Gaúcho para o Ensino Médio (RCGEM) e sua perspectiva de protagonismo estudantil e formação científica, com ênfase na realidade do Estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa utiliza uma abordagem documental e reflexiva para explorar as principais dimensões dessas diretrizes curriculares e suas implicações na formação dos estudantes brasileiros. O estudo identifica um currículo flexível fornecido pela introdução da BNCCEM e dos Itinerários Formativos, permitindo aos estudantes trilhar caminhos alinhados com seus interesses e aptidões. No entanto, também são levantadas questões legítimas sobre a manutenção da formação científica e humanista. O artigo destaca que a alinhamento dessas diretrizes enfrenta desafios significativos, desde a formação docente até a infraestrutura das escolas, passando pelo comprometimento da sociedade. A conclusão do estudo enfatiza a importância de encontrar um equilíbrio entre a flexibilidade curricular e a qualidade do ensino, ressaltando a necessidade de priorizar a formação científica e o protagonismo estudantil. A coparticipação da comunidade e os professores é vista como essencial para a construção de uma estrutura curricular que acolha os jovens e promova valores democráticos, de solidariedade e desenvolvimento vinculados à vida em suas diversas formas de existência. A pesquisa destaca a importância de políticas públicas específicas nesse campo educacional em constante evolução.
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