OPÇÕES PARA O CONTROLE DA CERCOSPORIOSE EM PIMENTA-MALAGUETA CULTIVADA EM ÁREA DE BAIXADA

Resumo

A busca por uma vida mais saudável pressupõe, entre outras condições, o consumo de produtos de boa qualidade. Essa constatação tem levado a uma crescente expansão do consumo de alimentos produzidos sem o emprego de agrotóxicos. Avaliou-se o efeito de produtos alternativos no controle da cercosporiose causada por Cercospora capsici em plantas de pimenta em área de baixada. Em plantas de pimenta-malagueta (Capsicum frutescens) foram realizadas pulverizações com calda Viçosa (1,5%), calda Bordalesa (1,5%), calda sulfocálcica (1%), bicarbonato de sódio (0,2 M), óleo de nim (5%), leite cru (20%), tiofanato metílico (0,7 g/L) e água (tratamento controle). Determinou-se a severidade e a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), altura e diâmetros da copa da planta, produção, comprimento, diâmetro e peso médio de frutos. A calda Bordalesa a 1,5%, calda Viçosa a 1,5%, o óleo de nim a 0,5% e leite cru a 20% são eficientes em reduzir a severidade da mancha-de-cercóspora em pimenta-malagueta cultivada em área de baixada. A calda Bordalesa é mais promissora para controle da doença, pois além da eficiência na redução da severidade da doença apresenta maior facilidade no preparo e apresenta custo relativo de obtenção mais baixo. Além de não causar toxidez ao meio ambiente, ao aplicador e ao consumidor, o uso desta calda atende às demandas dos produtores de pimenta-malagueta que buscam produzir pimenta de forma não só rentável, mas também sustentável.