Cemitério de Anjinhos: um arranjo possível para a aproximação com o sagrado

Autores

  • Antonio Renaldo Gomes Pereira Universidade Federal da Paraíba, Brazil https://orcid.org/0000-0003-4832-8825
  • Antonio George Lopes Paulino Universidade Federal do Ceará, Brazil

DOI:

https://doi.org/10.18540/revesvl7iss1pp18745

Palavras-chave:

Religiosidade, Batismo, Morte, Cemitério

Resumo

O artigo trata do Cemitério de Anjinhos de Vereda Funda e da ação dos vivos para aproximarem os mortos ao sagrado. A metodologia empregada no estudo é de natureza qualitativa e antropológica, consistindo no exercício da observação, análise e interpretação das asserções de interlocutores, bem como do material que acessamos em documentos, fontes secundárias, teóricas e, ainda, em memórias que se formaram a partir do nosso contato com a cultura do sagrado em territórios cearenses. Os resultados encontrados informam que o agenciamento parte dos pais e familiares dos mortos. Seguindo um dos tabus da Igreja que proibia o enterramento de indivíduos não-batizados em campo santo, instituem um local para sepultamentos no qual são inseridos objetos e símbolos que remetem ao sagrado religioso, com intuito de possibilitar a salvação aos seus filhos falecidos. Esse cemitério é marcado pela presença de pequenos túmulos decorados com elementos infantis, flores coloridas e santos católicos. Assim, o Cemitério de Anjinhos de Vereda Funda, situado em São Gonçalo do Amarante, Ceará, apresenta-se como espaço sagrado instituído por populares a fim de aproximar as crianças mortas ao divino.

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Publicado

2024-05-01

Como Citar

Pereira, A. R. G., & Paulino, A. G. L. (2024). Cemitério de Anjinhos: um arranjo possível para a aproximação com o sagrado. REVES - Revista Relações Sociais, 7(1), 18745. https://doi.org/10.18540/revesvl7iss1pp18745

Edição

Seção

General Papers/Artigos