Cemitério de Anjinhos: um arranjo possível para a aproximação com o sagrado
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl7iss1pp18745Palavras-chave:
Religiosidade, Batismo, Morte, CemitérioResumo
O artigo trata do Cemitério de Anjinhos de Vereda Funda e da ação dos vivos para aproximarem os mortos ao sagrado. A metodologia empregada no estudo é de natureza qualitativa e antropológica, consistindo no exercício da observação, análise e interpretação das asserções de interlocutores, bem como do material que acessamos em documentos, fontes secundárias, teóricas e, ainda, em memórias que se formaram a partir do nosso contato com a cultura do sagrado em territórios cearenses. Os resultados encontrados informam que o agenciamento parte dos pais e familiares dos mortos. Seguindo um dos tabus da Igreja que proibia o enterramento de indivíduos não-batizados em campo santo, instituem um local para sepultamentos no qual são inseridos objetos e símbolos que remetem ao sagrado religioso, com intuito de possibilitar a salvação aos seus filhos falecidos. Esse cemitério é marcado pela presença de pequenos túmulos decorados com elementos infantis, flores coloridas e santos católicos. Assim, o Cemitério de Anjinhos de Vereda Funda, situado em São Gonçalo do Amarante, Ceará, apresenta-se como espaço sagrado instituído por populares a fim de aproximar as crianças mortas ao divino.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVES - Revista Relações Sociais
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.