APLICAÇÃO DE AEROGÉIS PARA REMOÇÃO DE PITCH NA INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL

Fernanda Santos Silva; Marina Oliveira Rodrigues; Rubens Chaves de Oliveira

doi:10.18540/jcecvl3iss3pp573-583

Auteurs

Fernanda Santos Silva Universidade Federal de Viçosa
Marina Oliveira Rodrigues Universidade Federal de Viçosa
Rubens Chaves de Oliveira Universidade Federal de Viçosa

DOI :

https://doi.org/10.18540/jcecvl3iss3pp573-583

Mots-clés :

PITCH, AEROGEL, CELULOSE, HEMICELULOSE, ADSORÇÃO.

Résumé

O licor negro formado na polpação da indústria de celulose e papel contém pitchs, materiais resinosos em estado coloidal, derivados da madeira, que se acumulam nos maquinários da indústria, danificando-os ou o produto final. O objetivo do trabalho foi estudar o uso de aerogéis à base de celulose na remoção dos pitchs, função exercida pelo talco na maioria das indústrias. Os aerogéis são sólidos porosos, produzidos a partir de liofilização de uma suspensão coloidal de celulose nanofibrilada e xilanas, em diferentes proporções, e resina PAE - poliamina-epiclorohidrina. A contagem dos pitchs foi feita com uma câmara de Neubauer. Todos os aerogéis apresentaram poder de adsorção, de modo que quanto maior o teor de CNF-Celulose Nanofibrilada, melhor o adsorvente. De modo geral, os aerogéis 100:0 (CNF:Xilana) são melhores adsorventes que os aerogéis 30:70. Não foi observada uma proporção entre massa e capacidade de adsorção, sugerindo a existência de quantidades específicas para cada aerogel.

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Fernanda Santos Silva, Universidade Federal de Viçosa

Brasileira, graduanda do último de período em Engenharia Química pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Foi bolsista da Capes para realização de graduação sanduíche na Alemanha através do Programa Ciência sem Fronteiras, de fevereiro de 2013 a agosto de 2014. Nesse período cursou dois semestres acadêmicos na universidade "Fachhochschule Schmalkalden", na cidade de Schmalkalden. Posteriormente, realizou estágio em Berlin, no Instituto Federal "Bundesanstalt für Materialforschung und- prüfung" (BAM), no qual atuou no departamento de produtos perigosos, fazendo testes em vários recipientes para verificar a existência de vazamentos, por meio do preenchimento destes com gás Hélio. Foi também bolsista de Iniciação Científica pela FUNARBEN, utilizando técnicas de ensino a distância na disciplina presencial Termodinâmica, oferecida pelo departamento de Engenharia Agrícola da UFV. Além disso, participou de um projeto voluntário de montagem e testes em um aquecedor solar de baixo custo, e participou também como voluntária de um projeto no qual foi feita a quantificação de biomassas (sabugo de milho, bagaço de cana e casca de arroz) em termos de extrativos, lignina, hemicelulose e celulose. Atualmente é estagiária na Cargill, em Uberlândia, na refinaria de amidos e adoçantes.

Rubens Chaves de Oliveira, Universidade Federal de Viçosa

Formado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa-UFV em 1976, onde em 1979 também concluiu o Mestrado em Tecnologia de Celulose e Papel no Curso de Ciências Florestais da UFV. Em 1993 concluiu seu curso de Ph.D. em Engenharia e Ciências de Celulose e Papel no College of Environmental Science and Forestry, Syracuse, NY, USA. Com 36 anos de experiência em ensino, pesquisa e extensão é Professor e Pesquisador Titular do Setor de Celulose e Papel do Departamento de Engenharia Florestal da UFV. Leciona e coordena disciplinas de graduação, de especialização lato-sensu e de pós-graduação na área de Tecnologia e Propriedades do papel. Apresenta grande experiência na elaboração, execução e coordenação de projetos de pesquisa, financiados por órgãos do governo e e em parcerias universidade-empresas. Participa como consultor Ad. Hoc. de associações técnicas, coordenador de comissões técnicas em associações de classe e avaliador de artigos científicos para publicação em periódicos indexados. Autor de vários artigos científicos, palestras e apresentações em congressos nacionais e internacionais, com vários de seus trabalhos premiados por excelência. Atua como orientador e co-orientador de vários estudantes em seus programas de iniciação científica, de especialização lato-sensu, mestrado e de doutorado. Atua especificamente na área de Tecnologia e Propriedades de Papéis em ensino, pesquisa e extensão e apoio a órgãos do governo financiadores de pesquisas e a outras instituições em parcerias universidade-empresas relacionadas à sua área profissional.