A COLIGAY E AS MEMÓRIAS DOS TORCEDORES DO GRÊMIO

Autores

  • Gustavo Andrada Bandeira UFRGS
  • Fernando Seffner Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18540/revesvl3iss1pp0035-0049

Palavras-chave:

Coligay; Torcida; Futebol; Homofobia.

Resumo

Diferentes manifestações associadas ao futebol produzem representações de gênero e sexualidade dentro de uma lógica heteronormativa, machista e homofóbica. No Brasil, as manifestações verbais realizadas pelos torcedores nos estádios passaram a ser colocadas em questão. Em 2016, a FIFA impôs sanções pecuniárias à CBF pelo comportamento dos torcedores durante jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. No Grêmio podemos entender que vivemos certa “ressurreição” da Coligay, torcida homossexual do clube entre o final da década de 1970 e início de 1980. Não chegamos a vislumbrar a hipótese de seu retorno à Arena neste momento, entretanto um livro e um curta metragem já foram produzidos sobre ela e o clube “oficializou” sua existência em seu novo museu inaugurado no início de 2016. Através de diálogos com pequenos grupos de torcedores no estádio, no dia dos jogos, buscamos saber como estes indivíduos percebem, enquanto sujeitos torcedores, esse ressurgimento da Coligay. Os embates do presente produzem ressignificações acerca do passado das torcidas e da história dos clubes, em particular acionando os marcadores gênero e sexualidade.

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Biografia do Autor

Fernando Seffner, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em Educação. Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU) da UFRGS. Líder do Grupo de Estudos em Educação e Relações de Gênero (GEERGE).

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Publicado

2020-02-20

Como Citar

Bandeira, G. A., & Seffner, F. (2020). A COLIGAY E AS MEMÓRIAS DOS TORCEDORES DO GRÊMIO. REVES - Revista Relações Sociais, 3(1), 0035–0049. https://doi.org/10.18540/revesvl3iss1pp0035-0049

Edição

Seção

General Papers/Artigos