CÉLULAS SOLARES SENSIBILIZADAS COM CORANTE UTILIZANDO HIBISCO E SUCO DE FRAMBOESA COMO TINTURAS

Resumen

Células solares sensibilizadas com corantes têm se apresentado como uma promissora alternativa de energia frente ao uso de combustíveis fósseis, tornando os países menos dependentes de fontes não renováveis de energia. Este aumento do interesse por este tipo de célula solar deve-se principalmente a uma preocupação ambiental recorrente na comunidade científica: o aquecimento global e seus efeitos. Aliado a isso, esses dispositivos apresentam alta eficiência, baixo custo e procedimento de preparação simplificado, além de utilizar pigmentos naturais como sensibilizadores orgânicos. Neste sentido, 12 células solares sensibilizadas com corantes foram fabricadas utilizando três tipos de dióxido de titânio, TiO₂, como semicondutor (pigmento, Degussa P-25 e Kit Man Solar). Três tipos de solventes (metanol, ácido nítrico e etileno-glicol) foram empregados para preparar as soluções e um kit comercial (Man Solar, dióxido de titânio dissolvido em ácido acético diluído) foi utilizado para fins de comparação. Os corantes foram obtidos de extratos de flores de hibisco e suco de framboesa. A partir da caracterização eletroquímica foi possível determinar a potência, eficiência e a energia produzida por cada célula. Verificou-se que as células fabricadas com ácido nítrico e TiO₂ pigmento, apresentaram produção de energia de 430 mV, superiores àquelas feitas com o kit Man Solar. Porém, as células do kit foram as que apresentaram melhor eficiência, obtendo-se até 63% de funcionamento similar ao de uma célula ideal.