Trabalho doméstico: reprodução e resistência

Autores/as

  • Tatiana Silva Teixeira Universidade Federal de Viçosa
  • Amélia Carla Sobrinho Bifano Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa
  • Maria de Fátima Lopes Universidade Federal de Viçosa

Resumen

Nesse artigo o objetivo foi conhecer o lugar social do trabalho doméstico para as mulheres. O estudo foi realizado com três mulheres migrantes, de baixa escolaridade e de classe média baixa, residentes no bairro Santo Antônio, Viçosa-MG. Fundamentando-se na abordagem qualitativa, recorreu-se às técnicas da observação do cotidiano familiar e da entrevista aberta. A análise dos dados ocorreu após a transcrição das entrevistas, do registro das observações em diários de campo, da sistematização e da categorização temática. Os resultados evidenciaram que por meio do trabalho doméstico são reproduzidos os papéis sociais femininos; sua execução assume o caráter de “obrigação” para a mulher, ao passo que, para o homem possui o caráter de “ajuda”. Entretanto, nas relações cotidianas as mulheres exercem micro poderes, desmistificando a imagem do homem-controlador do lar. Concluiu-se que o trabalho doméstico é representado por elas como parte constituinte da identidade social feminina.

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Biografía del autor/a

Tatiana Silva Teixeira, Universidade Federal de Viçosa

Atualmente é bolsista CAPES em Pós-graduação em Economia Doméstica, graduada em Economia Doméstica pela Universidade Federal de Viçosa (2012). Tem experiência na área de Economia Doméstica, com ênfase em Desenvolvimento Humano e social, atuando principalmente nos seguintes temas: trabalho doméstico, gênero, saberes informais.

Amélia Carla Sobrinho Bifano, Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Economia Doméstica pela Universidade Federal de Viçosa (1986), mestrado em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia da UFMG (1999); área de concentração: Engenharia do trabalho e desenvolvimento de produto. Doutorado em Engenharia - Engenharia de Produção, grupo de pesquisa: TTO - Trabalho, Tecnologia e Organização, pela Escola Politécnica - USP (2007), com período sanduiche na França, no Conservatoire National des Arts et Métiers - CNAM. É professora adjunta do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, Pesquisadora do Programa Pesquisador Mineiro - FAPEMIG, líder do grupo de pesquisa Desenvolvimento Humano, Social e Vida Cotidiana, coordenadora do curso de Economia Doméstica, representante do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes no colegiado do CENTEV - Centro de Desenvolvimento Tecnológico de Viçosa. Temáticas de interesse: Vida cotidiana, trabalho, cognição e tecnologias, ergonomia da atividade, ergonomia de produto, estratégias para a inclusão e participação sociais

Maria de Fátima Lopes, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Economia Doméstica pela Universidade Federal de Viçosa (1976), mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa (1983) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995). Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Economia Doméstica, com ênfase em Economia Doméstica, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, genero, mulher, familia e economia domestica.

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Publicado

2016-06-24

Cómo citar

Teixeira, T. S., Bifano, A. C. S., & Lopes, M. de F. (2016). Trabalho doméstico: reprodução e resistência. Oikos: Família E Sociedade Em Debate, 27(1), 59–78. Recuperado a partir de https://periodicos.ufv.br/oikos/article/view/3717

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