A família na manutenção do ideal corporal hegemônico contemporâneo: da produção da vergonha à reabilitação social
DOI:
https://doi.org/10.31423/2236-8493.v29i1.370Palavras-chave:
Família, Transformação corporal, Reality Show,Resumo
O artigo apresenta reflexões sobre as contribuições da família na manutenção de um ideal corporal privilegiado pela sociedade contemporânea que oferece uma diversidade de produtos e serviços que prometem uma “melhor aceitação” do indivíduo nos modelos corporais hegemônicos. Com isso, contribuímos para as discussões sobre a antropologia do corpo ao demonstrar que o corpo não é algo natural, mas socialmente construído no contexto da cultura e sofre a interferência de diversos agentes, inclusive da família, mediante discursos e práticas regulatórias que ditam maneiras de lidar com os corpos, habilitando-os ou desabilitando-os para as interações sociais. A pesquisa é de natureza qualitativa, descritiva e documental e foi realizada mediante a análise dos discursos divulgados no reality show de transformação corporal Arruma meu Marido, no qual verificou-se os múltiplos conflitos decorrentes da corporalidade “inadequada” dos sujeitos. Observou-se que a adequação, ou não, aos padrões de beleza contribui para estabelecer a aceitação, ou não, dos sujeitos na vida privada ou coletiva.
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