EDUCAÇÃO, DIREITO E VIOLÊNCIA: REFLEXÕES COTIDIANAS
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl2iss2pp000i-000vKeywords:
Educação. Direito. Violência. Cotidiano. Apresentação.Abstract
Neste segundo número do volume 2 (2019) da Revista Relações Sociais fazemos mais um ataque frontal com o único instrumento que acreditamos capaz de transformar a realidade social, o mundo vivido, a pena, a letra, o discurso, a reflexão. O Corpo Editorial e seus colaboradores acreditam que a pena tem mais poder que a espada, pois somente aquela pode modificar aquele que empunha a espada e pode modificar a própria natureza humana. Oportuna a afirmação de Jaerger (2001, p. 10) “uma educação consciente pode até mudar a natureza física do homem e suas qualidades, elevando-lhe a capacidade a um nível superior”. Usamos a pena, ousamos com ela e por ela na construção e transformação da realidade social, do universal, do nacional, do local, do micro espaço, onde exista gente, onde existam homens e mulheres que ainda não alcançaram e nem se colocaram a caminho de construção de um mundo melhor. Parece pouco nossa contribuição, no entanto, é pertinente compreender que mesmo a corrente mais forte, produzida do material mais resistente do universo, carrega em si um princípio essencial, é feita por elos, e nós somos apenas um elo, sem o qual e pelo qual a corrente não existe ou não existiria. Neste volume trazemos temos interessantes, o que nos remente a refletir com pensadores como, Werner Jaeger, Alfred Schutz, Friedrich Nietzsche, Hannah Arendt, Theodor Adorno, Jessé de Souza, entre outros. Assim, nos lembremos do projeto iluminista que preconizava que o uso da razão livraria a humanidade, da barbárie, da vilania, causado pela ignorância, em suma do obscurantismo. No entanto, tal projeto não chegou a termo, pois muito embora tenhamos avançado no processo civilizatório paradoxalmente avançamos na barbárie, pois “o sono da razão produz monstros” (CASTRO, 2012). Não menos oportuno lembrar do filósofo da suspeita Nietzsche (2004), quando afirma que é necessário construir um novo modo de educação dos jovens, pois o modelo criado sob os auspícios do iluminismo produziu uma cultura de verniz, uma cultura de salão.