Disparidades de gênero nas relações de trabalho no Brasil nos anos de 2007 e 2008
Resumo
A inserção da mulher no mercado de trabalho tem, historicamente, seconfigurado de forma bem diferente em relação ao homem. A carga horária do trabalhoremunerado, os postos de trabalho ocupados pela mulher, a informalidade e a baixaescolaridade são fatores que podem retratar as disparidades de gênero nas relações detrabalho. Nessa direção, este estudo se propôs investigar tais disparidades nessasrelações em todas as unidades do País, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras deDomicílios – PNAD dos anos de 2007 e 2008. Os procedimentos estatísticos utilizadosno estudo foram: alfa de Cronbach, análise fatorial, teste t de Student e regressãologística. Os resultados apontaram três fatores determinantes de disparidade de gêneronas relações de trabalho: capacitação e estabilidade no trabalho; carga de trabalhomenor e idade; e instrução e renda limitadas.Downloads
Referências
BRUSCHINI, M. C. A. Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 37, p. 537-572, 2007.
CAETANO, A. J.; MAAS, L. W. D. Entre a família e o trabalho: uma análise da qualidade da inserção ocupacional no Brasil urbano sob uma perspectiva de gênero, 1996-2006. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2009. (Texto para discussão nº. 374).
CALLEGARI-JACQUES, S. M. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed, 2003.
CAMBOTA, J. N.; PONTES, P. Desigualdade de rendimentos por gênero intraocupações no Brasil, em 2004. Revista Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 331-350, 2007.
CARMINES, E. G.; ZELLER, R. A. Reliability and validity assessment. New York: Sage, 1990.
COSTA, Rodrigo Diego de Mattos. Um modelo de previsão de insolvência para bancos privados nacionais. 2007. 44 f. Monografia (Conclusão do curso de Matemática Aplicada a Negócios) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto e Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2007.
FONTOURA, N. O.; GONZALEZ, R. Aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho: mudança ou reprodução da desigualdade. Boletim Mercado de Trabalho. Brasília: Ipea, n. 41, p. 21-26, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 162 p.
GIUBERTI, A. C.; MENEZES-FILHO, N. Discriminação de rendimentos por gênero: uma comparação entre o Brasil e os Estados Unidos. Revista de Economia Aplicada, v. 9, n. 3, p.369-384, jul./sept. 2005.
HAIR JUNIOR, J. F. et al. Análise multivariada de dados. 5. ed. Trad. por Adonai S. Sant’Anna e Anselmo Chaves Neto. Porto Alegre: Bookman, 2005.
HAIR, J. F.; BABIN, B.; MONEY, A. H.; SAMOUEL, P. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.
HOFFMANN, R.; LEONE, E. Participação da mulher no mercado de trabalho e desigualdade da renda domiciliar no Brasil: 1981-2002. Nova Economia, v. 14, n. 2, p. 35-58, 2004.
LADEIRA, K. F.; LORETO, M. D. S.; SILVA, N. M.; FOGAÇA, A. Estratégias de conciliação e os fatores associados à dupla jornada do trabalho feminino. Oikos, Viçosa, MG, v. 14, n. 1, p. 33-45, 2003.
LEME, C.; WAJNMAN, S. Tendências de coorte nos diferenciais de rendimento por sexo. In: HENRIQUES, R. M. (Org.). Desigualdade e pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, 2000.
LEONE, E. T.; BALTAR, P. E. A. A mulher na recuperação recente do mercado de trabalho. Revista Brasileira de Estudos da População, v. 25, n. 2, p. 233-249, 2008.
LIMA, M. E. B. A dimensão do trabalho e da cidadania das mulheres no mercado globalizado. In: COSTA, A. A.; OLIVEIRA, E. M.; LIMA, M. E. B.; SOARES, V. (Orgs.). Reconfiguração das relações de gênero no trabalho. São Paulo: CUT Brasil, 2004.144 p.
LOPES, J. Regressão linear múltipla (MLR). 2004. Disponível em: <http://bsel.ist.utl.pt/2007/PortalQuimiometria/Contents/mlr/node1.html>. Acessado em: 1º dez. 2009.
MALHOTRA, M. K.; GROVER, V. An assessment of survey research in POM: from constructs to theory. Journal of Operations Management, n. 16, p. 407-425, 1998.
MANLY, B. F. J. Multivariate statistical methods. 2. ed. New York: Chapman & Hall, 1994. 214 p.
MAROCO, J. Análise estatística. Lisboa: Sílabo, 2003. 508 p.
MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas, 1998.
MATOS, M. A democracia não deveria parar na porta de casa: a criação dos índices de tradicionalismo e de destradicionalização de gênero no Brasil. In: ARAÚJO, C.; SCALON, C. (Org.). Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
MENEZES, Wilson Ferreira; BISPO FILHO, Leormínio M. Diferenciais de rendimentos na ocupação não-registrada de Salvador. Bahia Análise & Dados: Retrospectiva 2003, SEI, Salvador, v.13, n. 3, dez. 2003.
MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. 297 p.
MONTALI, L. Provedoras e co-provedoras: mulheres cônjuge e mulheres-chefe de família sob a precarização do trabalho e o desemprego. Revista Brasileira de Estudos da População, v. 23, p. 223-245, 2006.
PEREIRA, H. Responsabilidade dividida. Canal Rh em revista. n.70, 2009. Disponível em:<http://www.canalrh.com.br/revista/revista_artigo.asp?o=%7BA33A8C 4C-205D-4B06-B087-00404895A81E%7D>. Acesso em: 18 dez. 2009.
PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Econometria: modelos e previsões. São Paulo: Ed. Campus, 1998.
ROMERO, Sonia Mara Thater. Relações de gênero no contexto organizacional, CAESURA, ULBRA, Canoas, n. 28, p. 99-111, jan./jun. 2006. Disponível em:<http://www.editoradaulbra.com.br>. Acesso em: 06 jan. 2010.
SACHSIDA, A.; LOUREIRO, P. R. Homens x mulheres: substitutos ou complementares no mercado de trabalho? Brasília: IPEA, 1998.
SALES, M. F. P. Condicionantes da sustentabilidade do setor agrícola do Estado do Pará. 1995. 120 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Viçosa, 1995.
SANTOS, L. M.; FERREIRA, M. A. Investigação dos fatores condicionantes do capital de giro em micro e pequenas empresas: uma abordagem por grupos estratégicos. Revista de Negócios, v. 13, p. 51-66, 2008.
SILVEIRA, N. S. P. A diversidade de gênero e as diferenças e semelhanças na hierarquia de valores do trabalho de homens e mulheres no chão de fábrica. REGEUSP, v.13, p.77-91, 2006.
SON, H. H.; KAKWANI, N. Diferenças salariais por gênero ao longo da vida laboral. Centro Internacional de Pobreza, n. 20, 2008. Disponível em: <http://www.undp-povertycentre.org/pub/port/IPCOnePager20.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2009.
SORJ, B. Percepções sobre esferas separadas de gênero. In: ARAÚJO, C.; SCALON, C. (Orgs.). Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
WANDERLEY, C. A.; MEIRA, J. M.; SOUZA, B. C. Utilização da regressão logística para determinar as características das empresas que adotam o Balanced Scorecard. In: ENCONTRO DA ANPAD – EnANPAD, 27., 2003, Atibaia. Anais... Atibaia, SP, 2003.
ZAMBRANO, C.; LIMA, J. E. Análise estatística multivariada de dados socioeconômicos. In: SANTOS, M. L.; VIEIRA, W. C. (org.) Métodos quantitativos em economia. Viçosa, Editora UFV, 2004. 653p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Oikos: Família e Sociedade em Debate. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Para a disponibilização e utilização dos artigos em acesso aberto, o periódico adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International Public License: CC BY 4.0. Isso significa que outras pessoas podem compartilhar - copiar ou distribuir o material em qualquer mídia ou formato; adaptar - remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, desde que atribuído o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações" (CC BY 4.0).
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Quanto às questões de plágio, a Oikos utiliza o software de verificação de similaridade de conteúdo – política de plágio (CopySpider) nos artigos submetidos ao periódico.
Ao submeter o artigo, o autor se compromete que os dados relatados no artigo não são resultados de má conduta ética, tais como: dados produzidos, uso indevido de imagens, falsificação, plágio, autoplágio ou duplicidade. O autor declara que nada no artigo infringe qualquer direito autoral ou de propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, ele poderá responder integralmente por qualquer dano causado a terceiros, em todas as esferas administrativas e jurídicas cabíveis, nos estritos termos da Lei nº 9.610/98